O comandante Almeida e Brito, ladeado pelo alferes João Machado, à esquerda, e capitão miliciano José Manuel Cruz comandante da 2ª. CCAV. 8423 |
O comandante Carlos Almeida e Brito, há 46 anos e no dia 28 de Outubro de 1975, deslocou-se a Carmona para mais uma reunião no Comando do Sector do Uíge (CSU), certamente para planificar a já a anunciada rotação dos Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423.
«Contactos operacionais» era a justificação oficial da visita de trabalho, na qual o tenente-coronel e oficial de Cavalaria que liderava a guarnição sedeada na vila do Quitexe se fez acompanhar de vários oficiais da CCS e certamente tendo em conta a desativação da Companhia de Caçadores 209, do Regimento de Infantaria nº. 21 8de Nova Lisboa) aquartelada na Fazenda do Liberato, e a saída da BCAÇ. 4145 de Vista Alegre.
«O MPLA progride nas três frentes», noticiava o Diário de Lisboa de 28 de Outubro de 1975, sobre a situação militar em Angola |
Golpe separatista
do tipo rodesiano
Ao mesmo tempo, em Luanda e em declarações ao jornal «A Província da Angola», Rosa Coutinho afirmava que «gorou-se uma conjuntura para um golpe separatista, do tipo rodesiano». A conspiração, segundo disse, partira de «forças reacionárias que tentaram em Lisboa um golpe, durante os acontecimentos que levaram à renúncia de António Spínola à Presidência da República».
Um ano depois, com o dia da independência (11 de Novembro) cada vez mais próximo, o MPLA progredia nas três principais frentes de combate. O Diário de Lisboa, em serviço especial do Diário de Luanda, dava conta do «avanço das forças populares sobre o Huambo» e de, após «violentos combates», tomaram Cela «de assalto» - cidade a 180 quilómetros de Nova Lisboa, na estrada para Luanda. E avançavam na estrada do Lobito para Nova Lisboa, tomando Quimbale, a 30 quilómetros da Alto Hama.
A sul, as forças da FNLA/UNITA, com mercenários, foram cercadas pelas FAPLA, na zona de Sá da Bandeira. A Norte, a situação continuava «praticamente estacionária», até com alguma «descompressão militar no triângulo Libongos/Caxito/Barra do Dande, dado o recuo das forças invasoras para a linha Sasso/Caxito».
As forças do MPLA, a esse tempo, prosseguiam o avanço, com «o objectivo de desobstruir a estrada Caxito-Úcua-Piri». As forças da FNLA, recuadas, «lançam agora raids a partir do Ambriz, para defenderem o material pesado e as unidades que se encontram no terreno da luta».
O Uíje, terra da FNLA - dos «nossos» Quitexe, Aldeia Viçosa e Carmona (sem esquecer Zalala, Aldeia Viçosa, Vista Alegre) - o Uíge continuava fora dos noticiários. O que se passaria por lá?
Furriel Fonseca, 68
anos em Almada
O furriel miliciano Fonseca, da CCS do BCAV. 8423, festeja 69 anos a 28 de Outubro de 2020 e pelas bandas de Almada.
Um ano depois, com o dia da independência (11 de Novembro) cada vez mais próximo, o MPLA progredia nas três principais frentes de combate. O Diário de Lisboa, em serviço especial do Diário de Luanda, dava conta do «avanço das forças populares sobre o Huambo» e de, após «violentos combates», tomaram Cela «de assalto» - cidade a 180 quilómetros de Nova Lisboa, na estrada para Luanda. E avançavam na estrada do Lobito para Nova Lisboa, tomando Quimbale, a 30 quilómetros da Alto Hama.
A sul, as forças da FNLA/UNITA, com mercenários, foram cercadas pelas FAPLA, na zona de Sá da Bandeira. A Norte, a situação continuava «praticamente estacionária», até com alguma «descompressão militar no triângulo Libongos/Caxito/Barra do Dande, dado o recuo das forças invasoras para a linha Sasso/Caxito».
As forças do MPLA, a esse tempo, prosseguiam o avanço, com «o objectivo de desobstruir a estrada Caxito-Úcua-Piri». As forças da FNLA, recuadas, «lançam agora raids a partir do Ambriz, para defenderem o material pesado e as unidades que se encontram no terreno da luta».
O Uíje, terra da FNLA - dos «nossos» Quitexe, Aldeia Viçosa e Carmona (sem esquecer Zalala, Aldeia Viçosa, Vista Alegre) - o Uíge continuava fora dos noticiários. O que se passaria por lá?
Furriel José Fonseca |
Furriel Fonseca, 68
anos em Almada
O furriel miliciano Fonseca, da CCS do BCAV. 8423, festeja 69 anos a 28 de Outubro de 2020 e pelas bandas de Almada.
José Carlos Pereira da Fonseca nasceu na freguesia de Nossa Senhora da Fátima, em Lisboa, e foi amanuense de especialidade militar, um bom companheiro e dono de cultura geral, que o tornava gente maior da guarnição do Quitexe.
O Fonseca sempre nos ia dizendo, no intervalo do seu trabalho no edifício do comando do BCAV., que quando viesse de férias não voltava. E a verdade é que não voltou. Sabemos que trabalha na área da contabilidade (é revisor oficial de contas) e que mora pelas bandas de Almada, para onde vai o nosso abraço de parabéns!Moreira de Santa Isabel, 68
anos pelas bandas do Sado !
O 1º. cabo José Fernando Pratas Moreira, da 3ª. CCAV. 8423, festeja 68 anos a 28 de Outubro de 2020.
Atirador de Cavalaria de especialidade militar, foi Cavaleiro do Norte de Santa Isabel, Quitece e Carmona, regressando a Portugal no dia 11 de Setembro de 1975 e fixando-se nas Estradas Santas do Bairro da Linha, em Setúbal - onde ao tempo já residia.
Sabemos que trabalha na área comercial de máquinas e equipamentos industriais, vivendo agora no Bairro da SAPEC, também em Setúbal. Para lá e para ele, vai o nosso abraço de parabéns!
Sem comentários:
Enviar um comentário