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A esposa (holandesa) e o capitão Victor, comandante da CCAÇ, 209, a do Liberato, com o furriel José Oliveira (segundo, a contar da direita) e dois outros militares
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O Monumento aos Mortos da Fazenda do Liberato
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A 8 de Novembro de 1975, em vésperas de independência, sabia-se que a bandeira portuguesa seria arreada pela última vez às 18 horas de 10 de Novembro. Estávamos a dois dias. A cerimónia viria a ter presença do Alto Comissário, o almirante Leonel Cardoso, e os militares portugueses seguiriam logo a seguir para o navio Niassa, para a viagem de regresso a Lisboa.
As últimas 24 horas, relata(va) o Diário de Lisboa, «não assinalaram combates de vulto».
Um ano antes, há 46, a Companhia de Caçadores 209/RI 21, comandada pelo capitão miliciano Victor Correia, começou a abandonar a Fazenda Liberato, operação que terminou no dia seguinte. Estava em marcha o plano de extinção de unidades militares.
A CCAÇ. 209 era essencialmente formada por militares angolanos, com as chefias, porém, maioritariamente europeias. Tinha sido mobilizada pelo RI21, de Nova Lisboa, e o capitão Victor (na foto, à civil e ao lado da esposa, uma senhora holandesa) tivera promoções rápidas, de alferes a tenente e logo a capitão miliciano, muito popular por ser, segundo me lembrou o Zé Oliveira, vocalista de um famoso grupo musical. Era algarvio e fez rendição individual do capitão Baracho, o QP. |
O condutor Nogueira e os furriéis Viegas e Oliveira em 2012 |
Amigo de escola e companheiro da jornada angolana do Uíge !
O Oliveira era furriel vagomestre e foi meu companheiro de turma, na Escola Industrial e Comercial de Águeda, e ainda hoje meu amigo - por cá conhecido como Zé Marques, do Caramulo.
Era, pois, lá chamado de furriel Oliveira e não tivemos a sorte de por lá encontrarmos, nas duas, três vezes que fui à Fazenda do Liberato e nas várias que ele foi ao Quitexe. Só há bem poucos anos descobrimos essa coincidência.
Liberato ficou na história mais épica dos Cavaleiros do Norte pois foi a companhia que, semanas antes, em finais de Setembro de 1974, se revoltou e avançou para o Quitexe - situação que este blogue já amplamente narrou.
Ver «A revoltado Liberato»Ver «O Zé Oliveira da Compamhia do Liberato»
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A Fazenda Santa Isabel
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Catarino, 1º. cabo de Santa
Isabel, faria hoje 68 anos !
O 1º. cabo Joel Carlos Gonçalves Catarino faria 68 anos a 8 de Novembro de 2020, mas faleceu a 1 de Dezembro de 1933.
Atirador de Cavalaria da 3ª. BCAV. 8423, a da Fazenda Santa Isabel, residia, ao tempo, em Paiva, freguesia de Amora, município do Seixal, e lá voltou a 11 de Setembro de 1975 - no final da sua comissão angolana.
Nada mais sabemos dele, a não ser que faleceu a 1 de Dezembro de 1983, já lá vão 47 anos e com apenas 31 de idade. Hoje o recordamos com saudade! RIP!!
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