CAVALEIROS DO NORTE!! Batalhão de Cavalaria 8423, última guarnição militar portuguesa nas terras uíjanas de Quitexe, Zalala, Aldeia Viçosa, Santa Isabel, Vista Alegre, Ponte do Dange, Songo e Carmona! Em Angola, anos de 1974 e 1975!

quarta-feira, 18 de novembro de 2020

5 251 - Contactos operacionais em Carmona ! Incidentes e insegurança em Luanda!


O edifício do Comando do BCAV. 8423 (o que resta), na Avenida do Quitexe, esquina para
a Igreja de Santa Maria de Deus (ao fundo). A imagem é do dia 24 de Setembro de 2019, 
quando por lá passou o furriel Viegas. O imbondeiro e os pavilhões estão onde era a parada, 
casernas, oficinas, cozinha e refeitório
A Rua do Comércio, em Carmona, actual
Uíge, em  imagem de 19 de Setembro de 2019
 
O dia 18 de Novembro de 1974, há 46 anos, foi mais um de «contactos operacionais» do comandante interino do BCAV. 8423 no
Comando de Sector do Uíge, em Carmona.
O capitão José Paulo Falcão era o líder dos Cavaleiros do Norte e o CSU, por essa altura, reunia-se no BC12 - mal nós imaginaríamos, na altura, que iria ser a nossa futura «casa», a partir de 2 de Março de 1975.
Os tempos angolanos desse tempo de há 46 anos, não eram os mais pacíficos e a imprensa local dava conta de que «os novos incidentes agravam a impressão de insegurança que reina entre a população branca da capital» - a cidade de Luanda.
Isso era um facto e testemunhavam, real e sentidamente, alguns amigos (civis) que lá moravam. Uma família amiga, por exemplo, mudou-se de um bairro da estrada de Catete para a esperada segurança de um prédio localizado perto da praça de touros.
A tropa sentia-se presa entre dois fogos: acusada pela, população branca de «não assegurar proteção adequada» e pela negra, que se insurgia contra o que consideravam «uma repressão excessiva sobre as desordens».
O jornal «A Província de Angola» de
1974, o actual «Jornal de Angola»
 
Confrontações raciais
se movimentos não agirem

O Quitexe, na calma com que o mês passava, também não deixava de apontar alguns dedos à tropa, de algum modo camuflados mas que se sentiam. Mas era em Luanda, a capital angolana, que se temiam «novas confrontações raciais, se o MPLA, a FNLA e a UNITA não conseguirem dominar os elementos criminosos» - como referia a imprensa.
Rosa Coutinho, presidente da Junta Governativa, em Luanda, já dias antes lançara um apelo à calma, através da rádio e lembrou que «as buzinas dos automóveis não são uma voz política». 
Referia-se o representante do Governo de Portugal em Luanda à forma com a população se manifestava nas ruas da cidade. 
 jornal «A Província de Angola», em editorial, sublinhava, por sua vez, o apelo dos três movimentos para «a calma e a ordem».
«Quem está, então, a causar estas provocações?», perguntava o editorialista do diário matutino de Luanda - o actual «Jornal de Angola».
Eugénio Carmo
1º. cabo (A. Viçosa)



Carmo de Aldeia Viçosa,
68 anos na Covilhã !

O 1º. cabo Eugénio Gonçalves do Carmo, da 2ª. CCAV. 8423, festeja 68 anos a 19 de Novembro de 2020, na Covilhã.
Atirador de Cavalaria dos Cavaleiros do Norte de Aldeia Viçosa, regressou a Portugal no dia 10 de Setembro de 1975, depois da sua jornada africana por terras uíjanas do norte de Angola que, para além de Aldeia Viçosa, ainda o levou por Carmona - a actual cidade do Uíge.
Mora no lugar de Peneiro, da freguesia de Sobral de S. Miguel, na Covilhã, e para lá, e para ele, vai o nosso abraço de parabéns!

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