Os presidentes Holden Roberto (da FNLA), Jonas Savimbi (da UNITA) e Agostinho Neto (do MPLA) |
Angola teve três declarações de independência no mesmo dia 11 de Novembro de 1975: a do MPLA (em Luanda e às 23 horas do dia 10, por antecipação), a da FNLA (no Ambriz) e a da UNITA (em Nova Lisboa, actual Huambo). Há precisamente 45 anos.
O controlo territorial do novo país estava dividido pelos três grupos nacionalistas, cada qual proclamando a independência unilateralmente.
O MPLA controlava Luanda (a capital) e, por antecipação, proclamou a independência da República Popular de Angola, às 23,00 horas do dia 10 de Novembro de 1975, pela voz de Agostinho Neto e, como disse, «diante de África e do mundo proclamo a Independência de Angola».
Estabeleceu o governo em Luanda, com a Presidência entregue a Agostinho Neto, o líder do movimento. O Brasil foi o primeiro país a reconhecer esta independência, o que Portugal só faria em Fevereiro de 1976
A independência de Angola na primeira página do Diário de Lisboa de 11 de Novembro de 1975 |
Angola do MPLA
reconhecida pelo mundo!
A proclamação foi feita no estádio 1º. de Maio, em Luanda, e, segundo a notícia do Diário de Lisboa, «as tropas do MPLA, secundando o entusiasmo das populações, dispararam para o ar as suas metralhadoras, carregadas com balas tracejantes».
«A euforia popular que se apossou de Luanda repercutiu-se por todas as zonas já libertadas pelo MPLA, onde o povo pôde, portanto, sem medo, dar vazão à sua alegria», reportava o DL, frisando que «a alegria popular continuou a manifestar-se pela noite fora, com a população luandense cantando, dançando e por vezes chorando».
Holden Roberto, presidente da FNLA, proclamou a independência da República Popular e Democrática de Angola, à meia-noite do dia 10 para 11 de Novembro, no Ambriz. Mas, mais tarde, considerou-a «não oficial» e (...) «um acto simbólico».
A proclamação foi feita no estádio 1º. de Maio, em Luanda, e, segundo a notícia do Diário de Lisboa, «as tropas do MPLA, secundando o entusiasmo das populações, dispararam para o ar as suas metralhadoras, carregadas com balas tracejantes».
«A euforia popular que se apossou de Luanda repercutiu-se por todas as zonas já libertadas pelo MPLA, onde o povo pôde, portanto, sem medo, dar vazão à sua alegria», reportava o DL, frisando que «a alegria popular continuou a manifestar-se pela noite fora, com a população luandense cantando, dançando e por vezes chorando».
Holden Roberto, presidente da FNLA, proclamou a independência da República Popular e Democrática de Angola, à meia-noite do dia 10 para 11 de Novembro, no Ambriz. Mas, mais tarde, considerou-a «não oficial» e (...) «um acto simbólico».
Assim como a de Nova Lisboa. Aqui e no mesmo dia, a independência foi também proclamada pela UNITA, mas (aparentemente) sem o presidente Jonas Savimbi, que estaria em Pretória.
até... 2002 !
Há notícias diferentes sobre a sua (não) presença. Estavam, isso é certo, Miguel N'Zau Puna, José N'Dele e Jerónimo Wanga.
Apenas a independência proclamada pelo MPLA foi internacionalmente reconhecida.
Imediatamente depois, iniciou-se a Guerra Civil Angolana entre os três movimentos, uma vez que a FNLA e, sobretudo, a UNITA não se conformaram nem com a derrota militar nem com a exclusão do sistema político.
Apenas a independência proclamada pelo MPLA foi internacionalmente reconhecida.
Imediatamente depois, iniciou-se a Guerra Civil Angolana entre os três movimentos, uma vez que a FNLA e, sobretudo, a UNITA não se conformaram nem com a derrota militar nem com a exclusão do sistema político.
A guerra civil durou até 2002 e terminou com a morte, em combate, de Jonas Savimbi, o líder histórico da UNITA.
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