O furriel miliciano Freitas Ferreira num momento de viola, em Aldeia Viçosa, em 1974. Há 49 anos! |
Samuel Oliveira, o condutor ferido |
O mês de Julho de 1974 não começou nada bem para a 2ª. CCAV. 8423, a de Aldeia Viçosa. Na verdade e logo no primeiro dia, o despiste de um UNIMOG, em Quibaxe, resultou em dois feridos: o furriel miliciano Freitas Ferreira e o soldado condutor Samuel Oliveira.
O 1º. Grupo de Combate de Aldeia Viçosa fazia um patrulhamento, integrado numa coluna comandada pelo capitão José Manuel Cruz, quando o UNIMOG se despistou numa curva para a Fazenda Maria Fernanda.
«Atravessou a estrada e caiu na ravina, eu rebolei até ao fundo, assim como o condutor», recordou-nos o furriel José Maria Freitas Ferreira, precisando que o Samuel não conseguiu engrenar a velocidade para reduzir a velocidade da viatura e que esta seguiu em frente, embatendo no morro em terra.
Ambos ficaram feridos e o furriel com mais gravidade, com uma perna e uma clavícula partidas e de tal forma que, depois de internado e tratado no Hospital Militar de Luanda, viria a ser considerado inapto como atirador de Cavalaria (a sua especialidade militar) e reclassificado como amanuense, sendo transferido para Luanda.
«Fui contra a minha vontade, pois gostava mais de ter continuado em Aldeia Viçosa, com os nossos companheiros da Companhia», disse-nos ele, recordando esse infeliz dia de há 49 anos.
Vive em Costa, freguesia de Guimarães, onde é profissional da área da auditoria, consultadoria fiscal e contabilidade. O Samuel, já aposentado, reside em Vermoim, na Maia, e ambos são convivas habituais dos encontros dos Cavaleiros do Norte de Aldeia Viçosa.
Vive em Costa, freguesia de Guimarães, onde é profissional da área da auditoria, consultadoria fiscal e contabilidade. O Samuel, já aposentado, reside em Vermoim, na Maia, e ambos são convivas habituais dos encontros dos Cavaleiros do Norte de Aldeia Viçosa.
Capitão José Paulo O. Fernandes, comandante da 3ª. CCAV. 8423 |
Cavaleiros da 3ª. CCAV.
reforçaram Carmona!
Um ano depois, a guarnição de Carmona, ainda a «viver» a ressaca dos trágicos acontecimentos da primeira semana de Junho de 1975, foi reforçada com um grupo de combate da 3ª. CCAV. 8423, ao tempo aquartelada no Quitexe.
A cidade capital do Uíge tinha insuficiente número de efectivos e em causa estava a segurança de pessoas e bens. Como, de acordo com o livro «História da Unidade», não tinha sido obtida do QG da RMA «a solução pretendida», entenderam as autoridades militares uíjanas por este tipo de reforço.
Ao tempo, já estava iminente, aliás, a rotação da 3ª. CCAV. 8423, que era comandada pelo capitão miliciano José Paulo de Oliveira Fernandes e deste 10 de Dezembro de 1974 estava no Quitexe, vinda da Fazenda Santa Isabel, onde chegara a 11 de Junho.
O Raposo (de Zalala), o furriel Letras e o Carlos Costa, o Mouraria (ambos de A. Viçosa) e o Aires, de Zalala, que amanhã faz 71 anos! |
Aires, TRMS de Zalala, 71
anos na Baixa da Banheira!
O soldado José Pereira da Costa Aires, dos Cavaleiros do Norte da 1ª. CCAV. 8423, a da mítica Fazenda de Zalala, festeja 71 anos a 2 de Julho de 2023.
Amanhã e na Baixa da Banheira, freguesia concelho da Moita, do outro lado do Tejo.
José Aires, TRMS de Zalala em 1974/75 |
O furriel Carlos Letras), já em 2018, mandou-nos uma imagem de um quarteto de Cavaleiros do Norte da 1ª. CCAV. e da 2ª. CCAV. 8423 - o Rogério Raposo, o próprio António Carlos Letras, o Carlos Alberto de Abreu Costa (o Mouraria, que andava «desaparecido» desde 1975) e o Aires - esse mesmo, o que hoje faz 71 anos. Todos especialistas de transmissões, menos o Letras, que era de Operações Especiais, os Rangers.
O José Aires residia, ao tempo, na Baixa da Banheira, onde, de resto, ainda mora (na Rua do Algarve). Para lá e para ele vão as nossas felicitações, pelo feliz dia dos seus 71 anos!
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