CAVALEIROS DO NORTE!! Batalhão de Cavalaria 8423, última guarnição militar portuguesa nas terras uíjanas de Quitexe, Zalala, Aldeia Viçosa, Santa Isabel, Vista Alegre, Ponte do Dange, Songo e Carmona! Em Angola, anos de 1974 e 1975!

segunda-feira, 17 de julho de 2023

7 234 - Pelotão da 2ª. CCAV. 8423 para Carmona! MPLA «expulsou» a FNLA de Luanda!


O 1º. sargento Fernando Norte (já falecido) e os alferes Carvalho de
Sousa e João Machado, da 2ª. C AV. 8423 e em imagem de 1974




A quarta-feira de 17 de Julho de 1974, há 49 anos e pelos chãos uíjanos do norte de Angola, foi tempo de o grupo de combate comandado pelo alferes miliciano Domingos Carvalho de Sousa rodar de Aldeia Viçosa para Carmona.
CCAÇ. 4145, de Vista Alegre: furriéis Freitas e Cerqueira,
capitão Raúl Corte Real e 1º. sargento Sobreiro
 
O objectivo deste grupo da 2ª. CCAV. 8423, em diligência no Comando do Sector do Uíge (CSU), foi fazer  «patrulhamentos na área suburbana» da capital do Uíge.
O dia 17 de Julho de 1974, em termos de BCAV. 8423, teve outras incidências:
1 - O comandante Carlos Almeida e Brito, tenente-coronel de Cavalaria, esteve no Comando do Sector do Uíge (CSU), em Carmona, onde foram «estabelecidos contactos operacionais» - tal qual a 14 e depois a 31 de Julho.
2 - Terminou a Operação Turbilhão (iniciada em data desconhecida), com acções «viradas para as «centrais» de Mungage e Negage e os «quartéis» Aldeia e Tabi, sendo, por ora, abandonada 
a «central» de Nova Caipemba, cobrindo-se, assim, locais de toda a ZA».
3 - As Zonas de Acção (ZA)
 da Fazenda Luísa Maria (onde estava o Grupo de Combate do alferes João Machado, da 2ª. CCAV.) e Vista Alegre (a CCAÇ. 4145, do capitão Raúl Corte-Real) retornaram à «respon
sabilidade operacional do BCAV. 8423»
Ao tempo e segundo o livro «História da Unidade», temia-se que os incidentes de Luanda pudessem reflectir na ZA dos Cavaleiros do Norte, que, e citando, teria «necessidade do Sector oroentar a sua actividade noutro sentido».
Notícia do «Diário de Lisboa» de 17 de Julho de 1975:
 «Foram enviadas mais tropas de Lisboa para Luanda» 

MPLA «expulsou»
a FNLA de Luanda!


Um ano depois, e segundo o «Diário de Lisboa», vespertino da capital portuguesa, «o MPLA continua a controlar esta capital, após os combates que se registaram entre as FAPLA e o ELNA» - Formças Armadas Populares de Libertação de Angola e o Exército de Libertação Nacional de Angola, os braços armados do MPLA e da FNLA, respectivamente.
A capital era a de Angola e a cidade de Luanda, onde «continuam a chegar inúmeros refugiados», depois de, já na véspera, se ter iniciado uma ponte aérea (de refugiados) para de Luanda para Lisboa.
De Lisboa, entretanto, foram para Angola uma Companhia de Comandos, outra de Caçadores e outra de Fuzileiros, para «reforçar as que aqui estavam estacionadas».
«grande incógnita» do dia era, para o jornal «Diário de Lisboa», «saber o que vai fazer a FNLA, depois de ter sido praticamente expulsa» de Luanda.

Capitão José Paulo M.
Mendonça Falcão

Capitão Falcão faria 81
mas faleceu em Coimbra !


O capitão José Paulo Montenegro Mendonça Falcão foi oficial de operações e adjunto do comando do BCAV. 8423. Hoje, dia 17 de Julho de 2023, faria hoje 81 anos, mas faleceu a 9 de Dezembro de 2019, de doença e em Coimbra.
Oficial de Cavalaria, cumpriu nos Cavaleiros do Norte a sua terceira comissão de serviço, a segunda em Angola - onde em 1967 já estivera como alferes. Também passou por Timor, já como capitão (entre 1970 e 1972) e foi Cavaleiro do Norte em 1974 e 1975, regressando a Portugal no dia 8 de Setembro de 1975. 
Continuou a carreira profissional e comandou a Polícia Militar (no Porto e em Coimbra), seguiu para Santa Margarida e foi 2º. comandante do Regimento de Cavalaria de Braga. Seguiu para Estremoz, esteve em Lisboa e, finalmente, em Coimbra - onde residia. Passou à reserva em 1996, aos 54 anos e já como tenente-coronel. Vários AVC´s levaram a que, a partir de 2009, a sua saúde se fragilizasse muito e de tal forma delicada que ficou dependente de cuidados permanentes.
Hoje o recordamos com imensa saudade! Dele, continuará memória de um bom e grande companheiro da nossa jornada africana do Uíje angolano. RIP!!!

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