Cavaleiros do Norte da CCS no Topete: o 1º. cabo João Monteiro (Gasolinas), NN, José Coelho e António Calçada (sapadores) e NN. Quem são os NN? Alguém se lembra dos nomes? |
O Comando Militar de Carmona teve, a 23 de Julho de 1975, há 48 anos, uma difícil e delicada reunião com os dirigentes políticos e militares da FNLA, que persistiam com ameaças e imposições - particularlarmente pedindo (ou exigindo, para sermos mais rigorosos) a «entrega de armas retidas» no BC12 e provavelmente na ZMN.
Furriéis milicianos Querido, Guedes e Fernandes, da 3ª. CCAV. 8423, a da Fazenda Santa Isabel |
Armas que, recordemos, tinham sido da PIDE/DGS (e dos Flechas), dos Grupos Especiais (GE´s) e da OPVDCA - a Organização Provincial de Voluntários de Defesa Civil de Angola.
O dia foi também tempo para mais «uma reunião de trabalho» do Comandante do BCAV. 8423 (o tenente-coronel Carlos Almeida e Brito) com «elementos do Quartel General da Região Militar de Angola», para preparar a operação de retirada dos Cavaleiros do Norte e toda a restante guarnição do Uíge - de Carmona para Luanda -, que estava prevista para começar a 3 de Agosto seguinte.
O dia foi também tempo para mais «uma reunião de trabalho» do Comandante do BCAV. 8423 (o tenente-coronel Carlos Almeida e Brito) com «elementos do Quartel General da Região Militar de Angola», para preparar a operação de retirada dos Cavaleiros do Norte e toda a restante guarnição do Uíge - de Carmona para Luanda -, que estava prevista para começar a 3 de Agosto seguinte.
E assim aconteceu.
O objectivo era «obter os meios necessários à execução de tal operação», que viria a ser e´poca e que, segundo o livro «História da Unidade», «começou a materializar-se em 31 de Julho, com a chegada de viaturas e tropas de reforço».
O objectivo era «obter os meios necessários à execução de tal operação», que viria a ser e´poca e que, segundo o livro «História da Unidade», «começou a materializar-se em 31 de Julho, com a chegada de viaturas e tropas de reforço».
Estava em preparação a gigantesca operação de retirada final das Forças Armadas Portuguesas dos chão angolano do norte, do Uíge - numa gigantesca coluna de mais de 700 viaturas, grande parte dela formada por civis que os Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423 protegeram no seu êxodo de fuga aos mil perigos que por lá se viviam há 48 anos.
O 1º. cabo sapador Louro, Cavaleiro do Norte da CCS do BCAV. 8423, faleceu há exactamdnte 15 anos, a 23 de Julho de 2008, vítima de suicídio.
José Adriano Nunes Louro era natural de Casal do Pinheiro, freguesia de Casais, no concelho de Tomar, lá voltou a 8 de Setembro de 1975, no final da sua (e nossa) jornada africana do Uíge angolano - que nos levou ao Quitexe e a Carmona.
Cessar-fogo entre MPLA e
FNLA e ataque à bomba ao
«Jornal de Angola» !
O dia 23 de Julho de há 48 anos foi assinalado pela assinatura de (mais um) um acordo de cessar-fogo entre o MPLA, do presidente Agostinho Neto, e a FNLA, de Holden Roberto, depois de uma reunião com a Comissão Nacional de Defesa, presidida pelo general Silva Cardoso, o Alto-Comissário.
O dia 23 de Julho de há 48 anos foi assinalado pela assinatura de (mais um) um acordo de cessar-fogo entre o MPLA, do presidente Agostinho Neto, e a FNLA, de Holden Roberto, depois de uma reunião com a Comissão Nacional de Defesa, presidida pelo general Silva Cardoso, o Alto-Comissário.
Ambos os movimentos aceitaram manter as suas tropas nas suas posições, até pelo menos a reunião entre os três Chefes dos Estados Maiores. Desconhecemos as razões por que a UNITA de Jonas Savimbi não fez parte deste acordo.
A noite de véspera registou um ataque à bomba ao «Jornal de Angola» (o anterior «A Província de Angola»), que era tido por os seus trabalhadores terem «posições próximas da FNLA».
Os prejuízos foram «muito elevados», tendo as portas e janelas ficado «destruídas pela explosão», assim como as duas rotativas. Estava pouco pessoal nas instalações, mas, ainda assim, «ficaram feridos um polícia militar e um tipógrafo».
A noite de véspera registou um ataque à bomba ao «Jornal de Angola» (o anterior «A Província de Angola»), que era tido por os seus trabalhadores terem «posições próximas da FNLA».
Os prejuízos foram «muito elevados», tendo as portas e janelas ficado «destruídas pela explosão», assim como as duas rotativas. Estava pouco pessoal nas instalações, mas, ainda assim, «ficaram feridos um polícia militar e um tipógrafo».
A morte, por suicídio,
José Louro !
O 1º. cabo sapador Louro, Cavaleiro do Norte da CCS do BCAV. 8423, faleceu há exactamdnte 15 anos, a 23 de Julho de 2008, vítima de suicídio.
José Adriano Nunes Louro era natural de Casal do Pinheiro, freguesia de Casais, no concelho de Tomar, lá voltou a 8 de Setembro de 1975, no final da sua (e nossa) jornada africana do Uíge angolano - que nos levou ao Quitexe e a Carmona.
Há 15 anos e inesperadamente, ficou viúvo, pela morte da esposa (vítima de doença cancerosa). Enlutado e de alma a sofrer, ao José Louro também, muitompouc tempo depis, foi diagnosticada doença do mesmo foro. Um diagnóstico arrasador.
Foi isso que o levou ao suicídio, para, como corajosamente deixou escrito, «não fazer sofrer a família» - como ele próprio tinha sofrido com a dolorosa doença da esposa. Assim nos contou o filho, que é 1º. sargento do Exército, ao tempo em que estava aquartelado no Campo Militar de Santa Margarida.
Hoje o recordamos com saudade! RIP!!!
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