A Operação Castiço DIH terminou a 9 de Julho de 1974, há precisamente 49 anos, e foi o grande «baptismo operacional» dos Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423 por terras, trilhos, picadas e matas do Uíge angolano.
Muitos medos se sentiram e «mataram» nestes dias que, felizmente, não fizeram lutos.
O início tinha sido a 20 de Junho e nela «participaram todas as subunidades orgânicas» do BCAV. 8423: as suas 4 Companhias (a CCS do Quitexe e as operacionais de Zalala, Aldeia Viçosa e Santa Isabel) e as associadas CCAÇ. 4145 (a de Vista Alegre), a CCAÇ 209/RI 21 (do Liberato) e o Pelotão de Morteiros 4281 (no Quitexe).
A Operação Castiço DIH, recordemos, teve a participação dos Flechas de Carmona e da 41ª. Companhia de Comandos. Esta, deveria ter «8 dias de actividade operacional», mas retirou-se da acção ao fim de 18 horas - após um seu soldado ter «accionado» uma mina anti-pessoal, num trilho da Baixa do Mungage, da qual lhe resultou a amputação de um pé. Foi evacuado pelo PELREC e para a enfermaria do Quitexe, de onde foi levado para o Hospital Militar do Negage.
FLEC com o Governo
Provisório em Lisboa
O dia 9 de Julho de 1974, uma 4ª.-feira de há 49 anos, foi tempo, também, para uma delegação da Frente de Libertação do Enclave de Cabinda (FLEC) voar para Lisboa, com o objectivo de «travar conversações com o Governo Provisório».
A FLEC, como o próprio nome indica, reivindicava a independência do território situado a norte de Angola e muito rico e petróleo.
«É muito contestada no Enclave, por pretender a separação do restante território angolano», reportava, porém, o «Diário de Lisboa» de há 49 anos, citando «os enormes jazigos de petróleo, explorados pelos americanos».
A véspera fora dia de a imprensa noticiar a inauguração, na cidade de Cabinda, da sede da União Democrática dos Povos de Cabinda (UDPC) - que preconizava a união de Angola e o Enclave. Portanto, anti-separatista. E crítico da Frente de Libertação do Enclave de Cabinda (FLEC), considerando que os seus dirigentes eram «oportunistas».
O furriel Viegas e o 1º. cabo Fernando Soares em 2013 |
Fernando M. Soares, 1º. cabo do PELREC |
Soares, 1º. cabo, faria 71
anos mas faleceu em 2018 !
O 1º. cabo Fernando Manuel Soares, Cavaleiro do Norte da CCS, faria 71 anos 10 de Julho de 2023. Infelizmente e de doença, faleceu em 2018.
Especialista em Reconhecimento e Informação, afirmou-se como atirador de Cavalaria do PELREC do BCAV. 8423, pelas terras uíjanas do norte de Angola.
Oriundo do norte de Portugal, morava na Cova da Piedade, ao tempo da nossa jornada africana de Angola, e lá regressou a 8 de Setembro de 1975, continuando a sua vida profissional nos estaleiros da Lisnave.
Enviuvou há alguns anos e há 10 anos, quando o encontrámos, tinha um filho emigrado na Suíça e, já aposentado morava sozinho no Laranjeiro, concelho de Almada. Lá o achámos, «guiados» pelo condutor Nogueira, da CCAÇ. 209, do RI 21, a da Fazenda do Liberato.
Um problema canceroso apressou a sua morte, que aconteceu por volta de Março/Abril de 2018, em data que não conseguimos apurar. Hoje o recordamos com saudade! RIP!!!
Sem comentários:
Enviar um comentário