Mapa do Quitexe, feito de memória por João Nogueira Garcia, com os povos de Luege e Aldeia assinalados |
A 6 de Julho de 1974, há 49 anos!...., fez-se um mês da chegada dos Cavaleiros do Norte da CCS do BCAV. 8423 à uíjana vila do Quitexe, idos do Campo Militar do Grafanil e em viagem pela Estrada do Café fora.
O desconhecido itinerário foi galgado em pesadas Berliets militares e levou-nos, sucessivamente, a passar pelo Cacuaco, o Caxito e Quibaxe, por Úcua, a Ponte do Dange e Vista Alegre, depois Aldeia Viçosa e, finalmente, a saudosa vila onde se aquartelou a CCS e o Comando do BCAV. 8423.
O mesmo dia 6 de há 49 anos foi tempo para uma reunião do comandante Carlos Almeida e Brito com os povos de Aldeia e Luege, nos arredores do Quitexe, continuando o programa de «mentalização das populações para o Programa do MFA», esclarecendo-as sobre o futuro próximo de Angola - que iria ser (e foi) independente.
Oficial de Cavalaria e tenente-coronel de patente militar, Almeida e Brito fez-se acompanhar por alguns oficiais do BCAV. 8423 - nomeadamente, o capitão José Paulo Falcão, oficial-adjunto e de operações do Batalhão.
Os camionista, na verdade, eram essenciais e omprescindíveis para o escoamento dos produtos locais e abastecimento das comunidades do interior interior angolano.
A Estrada do Café: aqui, na saída do Quitexe para a cidade de Carmona (Uíge) |
Cavaleiro do Norte alvo
de críticas das populações
brancas de Carmona!
Um ano depois, em 1975 e já na cidade de Carmona, o BCAV. 8423 «continuava as preocupações vividas do antecedente», emergidas dos graves incidentes e combates da primeira semana de Junho, e que, refere o livro «História da Unidade», «continuaram ser os factores dominantes em Carmona».
«Diariamente se verificaram factos que contrariavam a chamada neutralidade activa», sublinha o mesmo «HdU», acrescentando que tais factos «retiravam toda e qualquer espécie de autoridade às NT, dando ainda ocasião a que fossem permanente alvo de críticas das populações brancas».
Foram dias bem difíceis, de permanentes dedos apontados às NT que, todavia, se mantiveram serenas e activas, sabe-se lá com que sacrifícios e riscos, para defender pessoas e bens - embora acusadas de muitas coisas que nada tinham a ver com a sua missão.
Luís F. Costa, furriel miliciano do Pelotão de Morteiros 4281 |
no Fogueteiro de Almada !
O 1º. cabo Leiria, atirador de Cavalaria da 3ª. CCAV. 8423, a da Fazenda Santa Isabel, festeja 71 anos a 7 de Julho de 2023. Amanhã!
Fernando José Trigoso Leiria, de seu nome completo, integrou esta subunidade dos Cavaleiros do Norte até Setembro de 1974, quando foi punido com 20 dias de prisão disciplinar agravada (OS nº. 84), depois agravada para 30 dias, pelo Comando do Sector do Uíge (OS nº. 97) e para 40 dias, pela Região Militar de Angola (OS 122). Despromovido a soldado, foi transferido para a 2ª. CCAV. 8423, a de Aldeia Viçosa.
Residia na Brandoa, concelho de Oeiras, e lá voltou a 10 de Setembro de 1975. Sabemos que, actualmente, mora(rá) no Fogueteiro, em Almada, onde amanhã faz 71 anos. Parabéns!
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