O padre António Albino Capela com a Família Rei, em frente à Igreja de Santa Maria de Deus do Quitexe |
A coluna-auto do Movimento de Viaturas Ligeiras (MVL) que por duas vezes tinha sido «barrada» pela FNLA saiu finalmente da cidade de Carmona na madrugada de 25 de Julho de 1975.
Uma sexta-feira de há 48 anos!
À terceira vez foi de... vez!
Os Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423, houvesse o que acontecesse, agora não iriam «ceder», e não cederam, em nome de uma paz fictícia - como era a que se vivia em Carmona e pelo Uíge fora...- , às cavaleiras da sua determinação e..., por que não dizê-lo?..., da coragem com que, dia e noite, sem quebrar ritmos e quantas vezes sem descanso, enfrentavam todos s problemas de uma situação de guerra civil iminente. Há 48 anos, e à terceira tentativa..., nada iria impedir o avanço e trânsito da coluna. E assim foi!
A primeira tinha sido a 13 de Julho, a segunda a 21..., e nas duas imperou a responsável consciência de se evitar inútil derramamento de sangue, para impor a circulação do MVL. Qe teria de ser à... força.
A coluna, protegida pelos Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423, chegou tranquilamente à cidade de Salazar, a capital da província do Quanza Norte e muito importante nó rodoviário e ferroviário angolano. É, logo depois da independência, a actual cidade de N´Dalatando.
A coluna regressou no dia seguinte à capital do Uíge! Sem quaisquer problemas.
Daniel Chipenda |
As conquistas da FNLA
e Chipenda em Carmona!
O mesmo dia de há 48 anos foi também tempo de saber-se que a FNLA reconquistara o Caxito pela força das armas e que «pequenos grupo do ELNA estão a fazer esforços para alcançar Luanda, pelo mar».
Daniel Chipenda continuava em Carmona e, através da rádio, fez saber que as forças armadas do seu movimento - o ELNA da FNLA - tinham recomeçado a viagem para Luanda «com o intuito não de negociar mas de tomar o poder».
«As nossas forças marcham sobre Luanda e esperamos que a sua entrada na capital se faça nos próximos dias», disse Daniel Chipenda, precisando, ainda, que «vamos para Luanda não para negociar mas para dirigir» e recusando a a ideia de «criar um Estado a Norte» - precisamente no Uíge, por onde jornadeavam os Cavaleiros do Norte e que era o seu principal reduto.
«Não queremos balcanizar o nosso país. A nossa capital não é nem Carmona nem S. Salvador, mas sim Luanda», disse Daniel Chipenda.
Dia da Cavalaria e
visitas a fazendas !
Os Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423, um ano antes, em 1974 e com o seu Comando instalado na CCS, na vila do Quitexe, assinalaram o Dia do Exército «com cerimónias simples».
O dia foi também assinalado por visitas do comandante Carlos Almeida e Brito a várias fazendas da ZA quitexana: à Guerra e à Chandragoa, à Buzinaria e à Isabel Maria. Fez-se acompanhar por autoridades administrativas e eclesiásticas locais, não custando adivinhar, por isso mesmo, que a delegação incluiria o administrador de Concelho do Dange (Octávio Pimentel Teixeira, e/ou o seu adjunto Galina) e o padre Albino Capela, titular da Missão do Quitexe.
O mesmo dia de há 48 anos foi também tempo de saber-se que a FNLA reconquistara o Caxito pela força das armas e que «pequenos grupo do ELNA estão a fazer esforços para alcançar Luanda, pelo mar».
Daniel Chipenda continuava em Carmona e, através da rádio, fez saber que as forças armadas do seu movimento - o ELNA da FNLA - tinham recomeçado a viagem para Luanda «com o intuito não de negociar mas de tomar o poder».
«As nossas forças marcham sobre Luanda e esperamos que a sua entrada na capital se faça nos próximos dias», disse Daniel Chipenda, precisando, ainda, que «vamos para Luanda não para negociar mas para dirigir» e recusando a a ideia de «criar um Estado a Norte» - precisamente no Uíge, por onde jornadeavam os Cavaleiros do Norte e que era o seu principal reduto.
«Não queremos balcanizar o nosso país. A nossa capital não é nem Carmona nem S. Salvador, mas sim Luanda», disse Daniel Chipenda.
Chandragoa, uma das 4 fazendas há 48 anos visitadas pelo comandante Almeida e Brito |
Dia da Cavalaria e
visitas a fazendas !
Os Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423, um ano antes, em 1974 e com o seu Comando instalado na CCS, na vila do Quitexe, assinalaram o Dia do Exército «com cerimónias simples».
O dia foi também assinalado por visitas do comandante Carlos Almeida e Brito a várias fazendas da ZA quitexana: à Guerra e à Chandragoa, à Buzinaria e à Isabel Maria. Fez-se acompanhar por autoridades administrativas e eclesiásticas locais, não custando adivinhar, por isso mesmo, que a delegação incluiria o administrador de Concelho do Dange (Octávio Pimentel Teixeira, e/ou o seu adjunto Galina) e o padre Albino Capela, titular da Missão do Quitexe.
O padre Capela abandonou o sacerdócio depois de regressar a Portugal, constituiu família em Barcelos e faleceu a 27 de Abril de 2913, aos (quase) 81 anos. RIP!!!
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