A messe de sargentos ficava na avenida dos Combatentes, em Luanda, num destes prédios (que já não conseguimos identificar), e lá fomos nós, a 3 de Agosto de 1975. Menos bem recebidos, pela classe que por lá se entediava e folgava vícios, sem cuidar saber das agruras e problemas que outras guarnições tinham pelo resto do território. E com isso nada se preocupar.
Éramos, para esses «residentes», uns verdadeiros ET´s, uns contra-revolucionários, fascistas e colonialistas - léxicos muitos estranhos ao nosso conhecimento de então. Mas que, bem percebíamos, eram para nos ofender.
Os Cavaleiros do Norte eram o último batalhão, em Angola, com formação militar anterior ao 25 de Abril e apontados, a dedo, como sendo colonialistas e todos os «istas» revolucionários da época. Todos estranhos à nossa disciplina.
A retirada das tropas da FNLA e da UNITA, com o MPLA a controlar a capital, digamos que (olhando agora) marcou o colapso do Governo da Transição - Governo tripartido, envolvendo os três movimentos, para além dos representantes de Portugal. Governo que deveria conduzir Angola até à declaração de independência, marcada para 11 de Novembro.
Um despacho noticioso de Luanda, datado de 13 de Agosto e publicado no Diário de Lisboa, refere que «fontes militares portuguesas estacionadas em Luanda afirmaram que o MPLA mantém o controlo total da cidade e que o seu presidente, dr. Agostinho Neto, está agora em posição que lhe permite assumir o poder total do Governo central e declarar unilateralmente a independência».
Mas, havia alguns... mas. O mesmo despacho noticioso também sublinhava que «as forças da FNLA dispuseram-se em torno da capital, a fim de pressionar o movimento rival a fazer concessões políticas». Só que os mesmos círculos militares também indicavam que «não é ainda previsível um contra-ataque deste movimento».
Angola fervia!
Éramos, para esses «residentes», uns verdadeiros ET´s, uns contra-revolucionários, fascistas e colonialistas - léxicos muitos estranhos ao nosso conhecimento de então. Mas que, bem percebíamos, eram para nos ofender.
Os Cavaleiros do Norte eram o último batalhão, em Angola, com formação militar anterior ao 25 de Abril e apontados, a dedo, como sendo colonialistas e todos os «istas» revolucionários da época. Todos estranhos à nossa disciplina.
A retirada das tropas da FNLA e da UNITA, com o MPLA a controlar a capital, digamos que (olhando agora) marcou o colapso do Governo da Transição - Governo tripartido, envolvendo os três movimentos, para além dos representantes de Portugal. Governo que deveria conduzir Angola até à declaração de independência, marcada para 11 de Novembro.
Um despacho noticioso de Luanda, datado de 13 de Agosto e publicado no Diário de Lisboa, refere que «fontes militares portuguesas estacionadas em Luanda afirmaram que o MPLA mantém o controlo total da cidade e que o seu presidente, dr. Agostinho Neto, está agora em posição que lhe permite assumir o poder total do Governo central e declarar unilateralmente a independência».
Mas, havia alguns... mas. O mesmo despacho noticioso também sublinhava que «as forças da FNLA dispuseram-se em torno da capital, a fim de pressionar o movimento rival a fazer concessões políticas». Só que os mesmos círculos militares também indicavam que «não é ainda previsível um contra-ataque deste movimento».
Angola fervia!
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