Palácio Governador, em Luanda (foto de Jorge Oliveira, de 1974) e
notícia do fim do Governo de Transição de Angola, no Diário de Lisboa (em baixo)
O Alto Comissário interino era o general Ferreira de Macedo que, nesse dia, falou à população através da rádio. Duas semanas antes, já esta decisão tinha sido preconizada, embora muito contestada pela MPLA, cujos ministros, como se lê no recorte do Diário de Lisboa dessa data, «se têm mantido em funções».
Ao outro dia, em Lisboa, a UNITA desmentia um acordo de cessar fogo com o MPLA e acções integradas com a FNLA, para além de negar a participação num «governo de balcanização do país» e afirmar, em conferência de imprensa, que «o Governo de transição não acabou». A solução política, segundo José Ndele (1º. ministro) passaria por «negociações com o MPLA, com quem queremos chegar a uma solução fraternal».
Ao tempo, segundo o DL, as conversações entre UNITA e MPLA «passavam pela troca de prisioneiros e transposição de obstáculos imediatos para a continuação do Governo de Transição». «O Governo de Transição existiu sempre. As condições é que não permitem que toda a gente possa estar no lugar das suas funções», disse José Ndele, em Lisboa.
Razões de segurança, disse, eram o motivo por que a UNITA «retirara de Luanda e não podia comparecer às sessões governamentais».
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