O navio «Niassa» e notícia sobre Lopo do Nascimento, como Alto-Comissário Adjunto
A 1 de Setembro de 1975, era certo que o BCAV. 8423 regressaria a Portugal no dia 8, a bordo do navio «Niassa» (foto). Sabia-se até aí do dia, sabia-se agora do meio de transporte. «As necessidades de responder aos compromissos tomados com os movimentos de libertação, no referente aos efectivos militares a estacionar em Angola, reduziram as comissões militares para 15 meses», lê-se no Livro da Unidade. Os Cavaleiros do Norte estavam a uma semana do regresso a suas casas.
Luanda, entretanto, fervia na área política e o jornal «Comércio de Luanda» dava conta que Lopo do Nascimento, na véspera chegado de Lisboa, «deverá passar a funcionar como Alto-Comissário Adjunto, trabalhando com o Almirante Leonel Cardoso, agora empossado como Alto Comissário para Angola». Ocuparia o terceiro lugar na hierarquia, depois de Leonel Cardoso e do general Heitor Almendra, nomeado por Costa Gomes (o PR) como comandante-chefe adjunto.
Lopo do Nascimento chegara na véspera de Lisboa e, depois de negociações com a UNITA, admitia que «foram esboçadas algumas medidas que permitem ultrapassar esta fase de confrontação militar e de impasse político que, em certa medida, se atravessa e lançar as bases dos esquemas que permitam a ascensão à independência em 11 de Novembro próximo».
O futuro diria que não seria bem assim.
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