CAVALEIROS DO NORTE!! Batalhão de Cavalaria 8423, última guarnição militar portuguesa nas terras uíjanas de Quitexe, Zalala, Aldeia Viçosa, Santa Isabel, Vista Alegre, Ponte do Dange, Songo e Carmona! Em Angola, anos de 1974 e 1975!

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

1 799 - Setembro de 1974, a descolonização de Angola...


Avenida do Quitexe e edifício do Comando do BCAV. 8423, à 
esquerda. Recorte do Diário de Lisboa de 20 de Setembro de 1974

Aos 20 dias de Setembro de 1974, há precisamente 39 anos, vadiava eu pelo chão de Angola, expirando os meus últimos dias de férias. Passara por Luanda e voltara. Laureara o queijo por Gabela, Nova Lisboa, Silva Porto, Alto Hama, Lobito e Benguela, por lá procurando, achando e abraçando familiares e amigos e conhecendo o enorme e belíssimo chão de Angola.
Vasco Gonçalves, o 1º. Ministro português, em Lisboa, respondia a uma pergunta do Diário de Lisboa: «Depois de resolvidas as divergências internas do MPLA, estará o Governo disposto a reconhecer aquele movimento como o único interlocutor válido de Angola?».
As intenções independentistas de grupos de Cabinda já eram conhecidas e temia-se o aparecimento de um processo separatista que se equivalesse ao do Katanga - província congolesa que se declarou independente, a 11 de Julho de 1960, situação que gerou banhos de sangue e milhares de mortos - logo a seguir à independência do Congo (Belga) e sob liderança de Moisés Tchombé. Já agora, a guerra civil justificou a intervenção da ONU, em 1963, e a região voltou a ser integrada no Congo-Kinshasa, depois Zaire (de Mobutu, do nosso tempo angolano) e agora República Democrática do Congo.
Vasco Gonçalves garantia que, relativamente a Cabinda, «tudo faremos para que se mantenha unida à futura Angola independente». Sobre o processo de descolonização de Angola, garantia ser intenção do Governo Português desenvolver «um processo que conduza à auto-determinação e independência» tendo em conta o facto de «não haver apenas um interlocutor válido». Eram três: MPLA, FNLA e UNITA. 

Sem comentários:

Enviar um comentário