Avenida do Quitexe e edifício do Comando do BCAV. 8423, à
esquerda. Recorte do Diário de Lisboa de 20 de Setembro de 1974
Vasco Gonçalves, o 1º. Ministro português, em Lisboa, respondia a uma pergunta do Diário de Lisboa: «Depois de resolvidas as divergências internas do MPLA, estará o Governo disposto a reconhecer aquele movimento como o único interlocutor válido de Angola?».
As intenções independentistas de grupos de Cabinda já eram conhecidas e temia-se o aparecimento de um processo separatista que se equivalesse ao do Katanga - província congolesa que se declarou independente, a 11 de Julho de 1960, situação que gerou banhos de sangue e milhares de mortos - logo a seguir à independência do Congo (Belga) e sob liderança de Moisés Tchombé. Já agora, a guerra civil justificou a intervenção da ONU, em 1963, e a região voltou a ser integrada no Congo-Kinshasa, depois Zaire (de Mobutu, do nosso tempo angolano) e agora República Democrática do Congo.
Vasco Gonçalves garantia que, relativamente a Cabinda, «tudo faremos para que se mantenha unida à futura Angola independente». Sobre o processo de descolonização de Angola, garantia ser intenção do Governo Português desenvolver «um processo que conduza à auto-determinação e independência» tendo em conta o facto de «não haver apenas um interlocutor válido». Eram três: MPLA, FNLA e UNITA.
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