Amazonas Margarida Sousa Cruz, Graciete Hermida (com Ricardo Cruz
ao colo), esposa e filha do capitão Oliveira e esposa do tenente João
Mora: as consoadeiras do Natal quitexano de há 41 anos
Natal da escola da sanzala do Canzenza, na saída do Quitexe para Camabatela, onde leccionava a futura médica Margarida Cruz (à esquerda, na foto) |
Aos 22 dias de Dezembro de 1974, pelas bandas uíjanas de Angola, já se cheirava a Natal e à doçaria que, prestimosas, as famílias femininas dos oficiais dos Cavaleiros do Norte estavam a preparar, para gáudio da gulodice da malta da guarnição.
O dia natalício do Cristo e em Quem a generalidade da tropa acreditava era expectado com ansiedade, sabendo-se, embora, que seria de calor e não de frio e neve, sem fogueiras, sem os mimos das cozinhas maternas, sem o afecto da gente mais próxima dos nossos «eus».Não sabíamos mesmo se sem o presépio que tantas vezes enfeitara a nossa imaginação de crianças
O Quitexe ia mostrando os seus enfeites de época e nas escolas da vila e das sanzalas organizaram-se festas, a que se associaram patentes militares. A da imagem é da sanzala do Cazenza e mostra um momento de festa natalícia, organizada pela professora (e futura médica) Margarida Cruz - que se vê à esquerda, de bata branca, como mandavam os regulamento escolares de então. Era (e é) a a «mais que tudo» do alferes António Albano Cruz.
A seguir a ela, um grupo de alferes milicianos: Augusto Rodrigues (?, de dedo no nariz), Hermida. Pedrosa, Simões, Cruz, Ribeiro e Garcia. À frente, de óculos e camisa branca, o (então) padre Albino Capela, sacerdote da Missão do Quitexe, ao lado da Igreja da Mãe de Deus e muito perto das instalações operacionais do Batalhão de Cavalaria 8423.
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