Furriéis de Zalala, em momento descontraído: Américo Rodrigues, Jorge Barata, José Louro, José
Nascimento, Eusébio Martins (falecido a 16 de Abril de 2014, em Belmonte), Manuel Dias (falecido a
20 de Outubro de 2011, em Lisboa), Victor Velez e Victor Costa (à civil)
João Fernando Monteiro (Gasolinas) e Manuel Augusto Marques (Carpinteiro), dois 1ºs. cabos da CCS dos Cavaleiros do Norte na parada do BC12, em Carmona (1975) |
O Dia de Reis de 1975, no Quitexe, Aldeia Viçosa, Vista Alegre e Ponte do Dange, terras da jornada angolana do Cavaleiros do Norte, passou-se na tranquilidade dos deuses.
Os três movimentos de libertação, reunidos em Mombaça, no Quénia, chegaram a acordo nesse mesmo dia, e consideravam «inequivocamente o enclave de Cabinda como parte inalienável do território».
As conversações, segundo o Diário de Lisboa desse dia, «o acordo agora atingido representa um passo decisivo para o processo de descolonização de Angola» e a Presidência da República, em comunicado, «congratula(va)-se cm os resultados obtidos entre as delegações dos três movimentos emancipalistas».
O Diário de Lisboa de 6 de Janeiro de 1975 noticiou o acordo de Mombaça, entre o MPLA, a FNLA e a UNITA |
A FNLA está no fim», interrogava o Diário de Lisboa de 6 de Janeiro de 1976, na Angola já independente |
Soube-se também que a evacuação de começara no segundo dia do ano - 2 de Janeiro de 1976.
A 5, uma nota das Forças Armadas de Angola, anunciava a tomada de Vista Alegre (onde jornadeou a 1ª. CCAV. 8423, a do capitão miliciano Davide Castro Dias) e General Freire (Maxaluando) e, sobre Carmona, o comandante Júlio Almeida (Juju) comentou que «a quantidade de material de guerra apreendido, assim como outro material de abastecimento, é indiscritível, não se tendo feito ainda o balanço de tudo aquilo que os fantoches e invasores deixaram atrás de si, na sua fuga precipitada».
«Para além do material de guerra, foram aprisionados várias dezenas de soldados dos grupos anti-nacionais e entre os quais se encontravam numerosos soldados zairenses», disse o militar do MPLA, acrescentando que «uma parte considerável da população de Carmona não abandonou a cidade, tendo vitoriada a sua libertação pelas FAPLA, enquanto alguma população que se havia refugiado nas matas, começa a apresentar-se na cidade, onde é recebida como filha do povo».
Nessa manhã de Dia de Reis de 1976, o MPLA disponibilizou «transporte oficial para jornalistas angolanos e estrangeiros» visitarem a capital do Uíge - a mesma Carmona onde os Cavaleiros do Norte se aquartelaram até 4 de Agosto de 1975.
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