Furriéis dos Cavaleiros do Norte na parada do Quitexe, em 1974: António José Cruz (rádio-montador),
Cândido Pires e Luís Mosteias, falecido a 5 de Fevereiro de 2013 (sapadores), Francisco Neto (Rangers),
José Pires e Nelson Rocha (transmissões)
A Cimeira do Alvor começou há precisamente 41 anos, no Algarve, como se lê na 1ª. página do Diário de Lisboa de 10 de Janeiro de 1975 |
A Cimeira do Alvor começou há precisamente 41 anos, uma sexta-feira - dia 10 de Janeiro de 1975. As delegações angolanas eram lideradas por Agostinho Neto (presidente do MPLA), Holden Roberto (da FNLA) e Jonas Savimbi (da UNITA). A portuguesa, pelos ministros Melo Antunes, Mário Soares e Almeida Santos e dois membros do Governo Provisório de Angola: o brigadeiro Silva Cardoso e o tenente-coronel Gonçalves Ribeiro. A abertura dos trabalhos presidia por Gosta Gomes, o Presidente da República, e foram participados igualmente por três elementos da Comissão Nacional de Descolonização: Fernando Reino (diplomata), tenente-coronel Passos Ramos e major Metelo.
O segundo ano (1975) do IV Plano de Fomento Angola, foi anunciado nesse mesmo dia e no valor de 6,5 milhões de contos - segundo a Pordata, 179 145 037 200,16 euros, a valores de 2014.
O Diário de Lisboa noticiava que dava «prioridade ao investimento do sector dos transportes e comunicações». Seguiam-se a agricultura (19%) e a habitação (11,8%) - neste caso dando «relevo especial ao lançamento de infra-estruturas nos musseques de Luanda», para os quais «foi destinada verba de meio milhão contos» - 137 803 874,77 euros, a valores de 2014, segundo a tabela da Pordata.
A «quase totalidade dos investimentos do plano», segundo Alberto Ramalheira (o Secretário de Estado do Planeamento Económico de Angola), seriam feitos «com receitas ordinárias do Estado» e para este desafogo financeiro «contribuiu decisivamente o alto rendimento do petróleo».
Estes números chegavam ao Quitexe pela imprensa de Luanda, ou através dos aerogramas e cartas do Alberto Ferreira - o meu amigo cabo especialista da Força Aérea que estava colocada no Base Aérea de Luanda e de lá me mandava recortes.
Pelas bandas do Uíge - lá pelo Quitexe, por Aldeia Viçosa e Vista Alegre/Ponte do Dange - os Cavaleiros do Norte continuavam tranquilamente (e expectantes) na espera de notícias. Segundo releio num «bate-estradas» do Alberto Ferreira, ele esperava-me em Luanda nesse fim de semana - pelo que o mais provável (a memória não me ajuda a ter certeza...) é que me tenha desenfiado para a capital, onde ao tempo ambos andávamos a «chocar» relações próximas com duas teen agers, por quem se agradaram os nossos olhos. «Ó pá, estão uns borrachos...», desconsolava-me o Ferreira, querendo «atrair-me» a Luanda. Outros tempos!!
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