O Governo de Transição de Angola, que tomou posse a 31 de Janeiro
de 1975 - hoje se passam precisamente 41 anos!
Há 42 anos, dia 31 de Janeiro de 1974, uma sexta-feira, o coronel Paixão, da Inspecção Geral de Educação Física do Exército (IGEFE), esteve no Batalhão de Cavalaria 8423. Para quê? Em inspecção de rotina à Escola de Recrutas, tal qual acontecera a 23 do mesmo mês e ano, quando lá esteve o coronel Magalhães Corrêa (da DAC).
As inspecções eram normais, ao tempo, e os futuros Cavaleiros do Norte preparavam os seus praças para a jornada africana de Angola, se bem que a generalidade deles da mobilização soubesse apenas por nós, os instrutores - então aspirantes a oficiais milicianos e 1º.s cabos milicianos, futuros alferes milicianos e furriéis milicianos.
Um ano depois, já no Uíge angolano e no oitavo mês de jornada, os Cavaleiros do Norte «assistiram» à tomada de posse do 1º. Governo de Transição de Angola, em Luanda. A cerimónia foi presidida pelo ministro Almeida Santos. O Alto-Comissário era o general Silva Cardoso, com os ministros portugueses Viera de Almeida (Economia), Albino Antunes da Cunha (Transportes e Comunicações) e Manuel Azevedo Ribeiro (Obras Públicas, Habitação e Urbanismo) e os três movimentos de libertação integraram os seguintes elementos:
Notícia do Diário de Lisboa de 31 de Janeiro de 1975, sobra a tomada de posse do Governo de Transição de Angola |
- FNLA: Johnny Eduardo (Colégio Presidencial), Kabaeu Sauhde (Interior), Samuel Abrigada (Assuntos Sociais) e Mateus Neto (Agricultura). Secretários de Estado: Graça Tavares (Comércio), Hendrick Val Neto (Informação) e Bapista Nvuvulu (Trabalho).
- UNITA: José N´Dele (Colégio Presidencial) e os ministros Eduardo Wanga (Educação), António Dembo (Trabalho) e Jeremias Kalundula Chitunda (Recursos Naturais). Secretários de Estado: Jaka Jamba (Informação), Manuel Alfredo Teixeira (Pescas) e João Waiken (Interior).
A cerimónia decorreu no salão nobre do Palácio do Governador, em Luanda, e Almeida Santos, na sua intervenção, sublinhou que «é exaltante, senhor Alto-Comissário, senhores membros do Colégio Presidencial e senhores ministros, a tarefa que vos cabe, porque é honrosa, porque é responsabilizante e porque não é fácil».
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