Transporte de militantes para o comício de Aldeia Viçosa, que seria do MPLA
e da FNLA. A 26 de Janeiro de 1975 e pacificado pela tropa portuguesa
A FNLA não gostou que um seu comunicado não fosse lido aos microfones da Emissora Oficial de Angola (EOA) e, na noite de 25 de Janeiro de 1975 (um sábado para domingo, o do comício de Aldeia Viçosa, aqui ontem recordado), um grupo comandado por Hendrick Vaal-Neto invadiu as instalações, segundo o Diário de Lisboa do dia 17, «paralisando-a, após destruição de algum material e agressão ao locutor de serviço».
O comunicado, ainda segundo o vespertino da capital portuguesa, «fazia graves acusações ao Governo Provisório e à Junta Governativa de Angola» e a sua não leitura tinha sido decidida por Correia Jesuíno, o Secretário de Estado da Comunicação Social, «tendo sido secundado pelos trabalhadores da emissora».
O sub-chefe de redacção, António Cardoso, foi raptado de madrugada, alegadamente por forças da FNLA, como fazia crer um comunicado deste movimento, referindo que «não é mais do que um nó de uma vasta rede anti-FNLA, à qual pertence, como ele próprio declara».
O ambiente pelos lados do Quitexe, Aldeia Viçosa e Vista Alegre/Ponte do Dange era tranquilo, apesar dos incidentes da véspera (no comício de Aldeia Viçosa) mas o mesmo não acontecia em Luanda, onde «era tenso». A EOA, nesse 27 de Janeiro de há 41 anos «continuava com a programação normal suspensa» e desconhecia-se o paradeiro de António Cardoso.
O assalto da FNLA à Emissora Oficial de Angola (a 25) foi noticiado pelo Diário de Lisboa de 27 de Janeiro de 1975 |
Daniel Chipenda, para o MPLA, não passava de «um agente do imperialismo internacional, cujos objectivos são sobejamente conhecidos».
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