Furriéis milicianos Luís Filipe Costa (Morteiros) e Joaquim Augusto Farinhas (Sapadores), falecido, de doença e em Amarante, sua terra natal, a 14/07/2005 |
Quarta-feira, 3 de Setembro de 1975. O dia do regresso esta cada vez mais próximo, seria a 8 seguinte e no navio «Niassa», e os Cavaleiros do Norte do Batalhão de Cavalaria 8423 atarefam-se a preparar as malas finais, com muitos pedidos de civis para que lhes transportem bens para Lisboa, na cubicagem que tinham atribuída.
Há alguma ansiedade na guarnição e muitos antecipam, às famílias, a data do regresso. Não foi o meu caso, que queria e cheguei de surpresa.
Cavaleiros do Norte da 2ª. CCAV. 8423, a de Aldeia Viçosa: furriéis milicianos António Carlos Letras e Abel Maria Mourato num jardim de Carmona |
Soube-se também, por um comunicado do MPLA, que forças da FNLA tinham conseguido, no domingo (dia 31 de Agosto), avançar até 20 kms. de Luanda, mas que «foram por forças do MPLA para 40 kms . da capital».
«Deixámo-los avançar para um terreno que conhecíamos perfeitamente, porque tínhamos falta de artilharia, e depois contra-atacámos», contou um militar do MPLA, ao Diário de Lisboa - que citamos, da edição de 3 de Setembro de 1975, em serviço da France Press. Acrescentou que o objectivo da FNLA era «destruir as reservas de água que abastecem a cidade de Luanda e que se encontram a 20 kms. da capital».
A sul, o mesmo MPLA «conseguiu repelir a força invasora sul-africana (...), forçando-a a retirar-se para além da fronteira», libertando Quilengues, enquanto «um destacamento ocupava novamente Vila Roçadas, preparando-se outro para retomar posições em Ngiva».
Notícias do Diário de Lisboa de há 41 anos, sobre a situação em Angola |
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