O dia 10 de Setembro de 1975 foi o do regresso da 2ª. CCAV. 8423, a de Aldeia Viçosa, comandada pelo capitão miliciano José Manuel Cruz. Em novo voo dos TAM, o terceiro de Luanda para Lisboa - depois da CCS (no dia 8) e da 1ª. CCAV. 8423, a de Zalala (a 9).
«Muitos militares fizeram fogueiras para queimar pertences que não queriam trazer e, no meio dessa confusão, algo terá rebentado com o calor e houve um estilhaço que atingiu a face do soldado Santos», recorda o (então) furriel Guedes.
Santos era atirador de Cavalaria e o incidente não foi (felizmente) impedimento para que regressasse à sua terra de Peniche, onde o esperava o mar para novas companhas. Era pescador.
Cavaleiros do Norte da 2ª. CCAV. 8423: António Artur Guedes e José Fernando Melo, ladeando Jorge António Barata (da 1ª. CCAV. 8423), falecido a 10 de Outubro de 1997, de doença e em Alcains |
O que nunca mais chegava era a hora do arranque para o aeroporto, de o avião levantar voo e pousar em Lisboa. Chegou com o dia a abrir, eram 6 horas, e os Cavaleiros do Norte seguiram em camionetas para a sua última viagem em solo angolano.
«Ao longo do percurso, cantávamos «E viva a Espanha», canção que estava muito em moda por aquele tempo», diz o agora sargento-mor aposentado das Brigadas de Trânsito da GNR e produtor agrícola e bovino em terras de Salvaterra de Magos.
A 2ª. CCAV. 8423 vai confraternizar em Guimarães, a 24 de Setembro de 2016 |
Ia assim o processo de independência de Angola, há 41 anos, dia do regresso dos Cavaleiros do Norte da 2ª. CCAV. 8423. Que, dia 24 de Setembro deste ano de 2016, se vão reunir em confraternização marcada para Guimarães.
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