Os furriéis Neto (à direita e de perfil) e Viegas (o segundo, da direita) com os conterrâneos Carlos Sucena e Gilberto Marques (de pé) na casa de Viana, nos últimos dias de Angola, há 41 anos |
O 6 de Setembro de 1975, antevéspera do regresso da CCS, foi sábado e tempo das primeiras declarações do novo Alto-Comissário. «A construção de um país não pode ser obra de uma dúzia de dirigentes, mas, sim, de um povo inteiro», disse o almirante Leonel Cardoso, oferecendo «total e incondicional dedicação à missão» que, sublinhou, «procurarei cumprir com justiça e isenção».
Os alferes milicianos António Albano Cruz (da CCS, mecâ- nico-auto) e Mário Jorge Sousa (da 1ª. CCAV. 8423, de Operações Especiais, os Rangers) à saída de Zalala |
Almirante Leonel Cardoso, o último Alto-Comissário de Portugal em Angola |
A cidade de Luanda, sem perder a sua exuberância e beleza, aparentava calma mas continuava com recolher obrigatório e minguada de abastecimentos. E as carreiras aéreas montadas para a evacuação de refugiados tiveram visível diminuição nesse fim de semana, o que suscitou protestos de muitos portugueses que ali esperavam embarque para Lisboa.
A tarde, começou com uma ida à Emissora Oficial de Angola, para pedir a emissão de mais um pedido de localização desses amigos civis - num programa que era especialmente produzido para esse efeito. Também sem êxito algum.
O MPLA era o «senhor» de Luanda e outras capitais do território angolano, apenas lhe escapando o Zaire e o (nosso) Uíge). O ELNA, seu braço armado, estava acantonado no Caxito e lograra chegar ao Morro da Cal, a apenas 24 kms. de Luanda - enquanto o MPLA retomara a central hidroeléctrica das Mabubas e Sassa, nas redondezas caxitenses. Não sabíamos, mas estava iminente novo ataque das FAPLA ao reduto do movimento de Holden Roberto.
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