Os Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423 estavam, a 9 de Maio de 1974, em véspera de concluir a Instrução Altamente Operacional (IAO), que desde o dia 3 decorria na Mata do Soares, arredores do Campo Militar de Santa Margarida.
Há 49 anos!Quase, quase meio século!
Era uma quinta-feira e a leitura da imprensa do dia dava conta de mais mortes no ultramar, nomeadamente em Angola, para onde iríamos partir dentro de três semanas. E para cuja missão nos preparávamos.
Mortos em combate, foram os soldados José Francisco Barros Marques, de S. Pedro do Sul, e Manuel Jorge da Silva Heleno, de Vagos e deixando viúva Maria de Fátima de Jesus da Silva. Além deles, também Venâncio Dinis Albano, do recrutamento local e de Malange, casado com Marta Ferraz.
O comunicado do Serviço de Informação Pública das Forças Armadas Portuguesas dava conta, também, da morte em combate e em Moçambique, de um furriel miliciano da Força Aérea, José Carlos Araújo da Silva, de Figueira de Castelo Rodrigo, e do 1º. cabo GEP Alberto Salimo, do recrutamento local e natural da Ilha de Moçambique. Na Guiné, o furriel miliciano Arnaldo do Nascimento Carneiro Carvalho, de Vila Flor, e do soldado Manuel Martins Lopes, de Abrantes.
Enquanto isso, os Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423 ultimavam a sua preparação operacional e preparavam malas para a viagem a Angola. Cada vez mais próxima!
Movimentos contra a
independência de Cabinda!
Um ano depois e com o BCAV. 8423 por terras uíjanas do norte de Angola, discutia-se a possibilidade de o Enclave de Cabinda se tornar independente de Angola, plano que era apoiado por Mobutu Sese Seko, presidente do Zaire.
«Para que continue angolano ou se torne independente, em ambos os casos é preciso organizar um referendo e pedir a opinião dos próprios cabindenses, visto não se poder impor ao território qualquer uma das soluções», disse o presidente Mobutu, falando em Kinshasa.
Os três movimentos de libertação de Angola - o MPLA de Agostinho Neto, a FNLA de Holden Roberto e a UNITA de Jonas Savimbi - eram contra essa independência.
O enclave, de resto e como hoje sabemos, nunca deixou de ser angolano e é hoje a província mais a norte de Angola, limitada pela República do Congo, a norte; pela República Democrática do Congo, antigo Zaire, a leste e sul; e pelo Oceano Atlântico, a oeste.
A capital é a cidade de Cabinda, conhecida nos dialectos locais como Tchowa ou Tchiowa, e o enclave/província tem 7 283 kms2 e, mais ou menos, 718 076 habitantes.
Era uma quinta-feira e a leitura da imprensa do dia dava conta de mais mortes no ultramar, nomeadamente em Angola, para onde iríamos partir dentro de três semanas. E para cuja missão nos preparávamos.
Mortos em combate, foram os soldados José Francisco Barros Marques, de S. Pedro do Sul, e Manuel Jorge da Silva Heleno, de Vagos e deixando viúva Maria de Fátima de Jesus da Silva. Além deles, também Venâncio Dinis Albano, do recrutamento local e de Malange, casado com Marta Ferraz.
O comunicado do Serviço de Informação Pública das Forças Armadas Portuguesas dava conta, também, da morte em combate e em Moçambique, de um furriel miliciano da Força Aérea, José Carlos Araújo da Silva, de Figueira de Castelo Rodrigo, e do 1º. cabo GEP Alberto Salimo, do recrutamento local e natural da Ilha de Moçambique. Na Guiné, o furriel miliciano Arnaldo do Nascimento Carneiro Carvalho, de Vila Flor, e do soldado Manuel Martins Lopes, de Abrantes.
Enquanto isso, os Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423 ultimavam a sua preparação operacional e preparavam malas para a viagem a Angola. Cada vez mais próxima!
O Enclave de Cabinda |
Movimentos contra a
independência de Cabinda!
Um ano depois e com o BCAV. 8423 por terras uíjanas do norte de Angola, discutia-se a possibilidade de o Enclave de Cabinda se tornar independente de Angola, plano que era apoiado por Mobutu Sese Seko, presidente do Zaire.
«Para que continue angolano ou se torne independente, em ambos os casos é preciso organizar um referendo e pedir a opinião dos próprios cabindenses, visto não se poder impor ao território qualquer uma das soluções», disse o presidente Mobutu, falando em Kinshasa.
Os três movimentos de libertação de Angola - o MPLA de Agostinho Neto, a FNLA de Holden Roberto e a UNITA de Jonas Savimbi - eram contra essa independência.
O enclave, de resto e como hoje sabemos, nunca deixou de ser angolano e é hoje a província mais a norte de Angola, limitada pela República do Congo, a norte; pela República Democrática do Congo, antigo Zaire, a leste e sul; e pelo Oceano Atlântico, a oeste.
A capital é a cidade de Cabinda, conhecida nos dialectos locais como Tchowa ou Tchiowa, e o enclave/província tem 7 283 kms2 e, mais ou menos, 718 076 habitantes.
Promoções de Lopes e de
Rabiço a furriéis milicianos
enfermeiros!
Rabiço a furriéis milicianos
enfermeiros!
A promoção a furriéis milicianos de António Lopes e Ângelo Rabiço, ambos Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423, foi publicada na Ordem de Serviço 109, do RC4 e a 9 de Maio de 1974.
Há precisamente 49 anos.
António Maria Verdelho da Silva Lopes é natural de Vendas Novas e lá regressou a 8 de Setembro de 1975. Foi Cavaleiro do Norte da CCS e fez carreira profissional como funcionário público, na Autoridade Tributária e Aduaneira (Finanças). Já aposentado, mora na sua alentejana cidade natal mas divide o seu tempo com a Madeira, onde se fixou a filha e família.
Ângelo Tuna Rabiço é natural de Mascozelo, freguesia de Campeã, transmontano do município de Vila Real, e integrou a 3ª. CCAV. 8423, a da Fazenda de Santa Isabel - depois também jornadeando pela vila do Quitexe e pela cidade de Carmona.
Regressou a Portugal no dia 11 de Setembro de 1975 e, profissionalmente, foi professor primário, agora já aposentado. Mora em Guimarães.
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