O espaço do antigo quartel do BCAV. 8423, à direita, e a Igreja de Santa Maria de Deus do Quitexe. Os pavilhões são de um escola da vila uíjana, a 24/09/2019 |
Os tempos da cidade de Carmona e província do Uíge de há 48 anos, em termos de segurança de pessoas e bens, foram tempos de um «galopar desenfreado dos acontecimentos» que, de acordo com o livro «História da Unidade», «leva(vam) a admitir a necessidade de, pelo menos, fazer vir a 1ª. CCAV. 8423 para Carmona, abandonando Songo e Cachalonde».
As duas guarnições do comando do capitão miliciano Castro Dias (que ontem festejou 77 anos) já eram consideradas «desnecessárias, senão inconvenientes» naquelas localidades, enquanto Carmona continuava ser cenário de incidentes entre os movimentos e eram cada vez mais e maiores as dificuldades sentidas para garantir a segurança de pessoas e bens.
Paralelamente, e da parte da comunidade civil, levedava crescente hostilidade relativamente às NT - e os Cavaleiros do Norte eram já, à altura, a única força militar portuguesa no distrito do Uíge.
A FNLA de Hoden Roberto, entretanto, anunciava a sua recusa categórica em participar na cimeira dos três movimentos «a que esteja associado um representante do Governo Português». Isto, referia o comunicado do grupo liderado por Holden Roberto, devido «à evidente parcialidade e falta de objectividade que certos membros do Governo de Lisboa dão provas em relação à FNLA».
Alferes milicianos da CCS do BCAV 8423: Jaime Ribeiro (sapador) António A. Cruz (mecânico), António Garcia (Operações Especiais) e José Leonel Hermida (TRMS) |
«Portugal e o Futuro»,
de António Spínola,
e os alferes milicianos!
Um ano antes, a 12 de Maio de 1974 e com o BCAV. 8423 ainda em Portugal, soube-se que o livro «Portugal e o Futuro», de António Spínola, tinha sido proibido de entrar em Angola.
A decisão foi de Santos e Castro, o então Governador Geral.
A revelação foi do jornal «A Província de Angola», que se publicava em Luanda e que teve dois editoriais cortados pela censura - quando, em Fevereiro, foi lançado o livro.
Hoje, recordamos a mobilização dos oficiais milicianos do BCAV. 8423, os então aspirantes a oficiais milicianos e futuros alferes milicianos Cavaleiros do Norte.
A Ordem de Serviço nº. 278, de 23 de Novembro de 1973, do RC4, dava conta que «nos termos da alínea c) do nº. 1 do Decº. Lei 49107, foram nomeados por imposição para prestar serviço na RMA e nas Companhias que cada um se indica os senhores oficiais deste Regimento». E lá estão António Garcia (falecido a 2 de Novembro de 1979, de acidente), Jaime Ribeiro e António Albano Cruz (da CCS), Carlos Sampaio, Pedro Rosa, Lains dos Santos e Mário Jorge de Sousa (da 1ª. CCAV.), Jorge Capela, João Carlos Periquito, Carvalho de Sousa e João Francisco Machado (da 2ª. CCAV.), Carlos Almeida e Silva, Mário José Simões, Pedrosa de Oliveira e Augusto Rodrigues (da 3ª. CCAV.).
Apresentação de Luís
A revelação foi do jornal «A Província de Angola», que se publicava em Luanda e que teve dois editoriais cortados pela censura - quando, em Fevereiro, foi lançado o livro.
Hoje, recordamos a mobilização dos oficiais milicianos do BCAV. 8423, os então aspirantes a oficiais milicianos e futuros alferes milicianos Cavaleiros do Norte.
A Ordem de Serviço nº. 278, de 23 de Novembro de 1973, do RC4, dava conta que «nos termos da alínea c) do nº. 1 do Decº. Lei 49107, foram nomeados por imposição para prestar serviço na RMA e nas Companhias que cada um se indica os senhores oficiais deste Regimento». E lá estão António Garcia (falecido a 2 de Novembro de 1979, de acidente), Jaime Ribeiro e António Albano Cruz (da CCS), Carlos Sampaio, Pedro Rosa, Lains dos Santos e Mário Jorge de Sousa (da 1ª. CCAV.), Jorge Capela, João Carlos Periquito, Carvalho de Sousa e João Francisco Machado (da 2ª. CCAV.), Carlos Almeida e Silva, Mário José Simões, Pedrosa de Oliveira e Augusto Rodrigues (da 3ª. CCAV.).
Luís Machado sargento-ajudante |
Apresentação de Luís
Machado,sargento-ajudante
do BCAV. 8423!
O sargento-ajudante Machado, do SGE, apresentou-se no RC4 e no BCAV. 8423 a 12 de Maio de 1974, há 49 anos e poucos dias antes do embarque para Angola.
Luís Ferreira Leite Machado, de seu nome completo, serviu na secretaria do Comando do Batalhão e nasceu a 15 de Maio de 1920, ma cidade de Évora. Tinha 54/55 anos no tempo da nossa jornada africana do Uíge angolano e, após a passagem à aposentação, fixou-se em Évora, onde faleceu aos 80 anos, a 12 de Julho de 2000. Nãotarda, há 23 anos.
Foi militar profissional muito respeitado e acarinhado pela classe de furriéis milicianos, com quam oartilha abar e messe de sargentos, e hoje o recordamos com saudade! RIP!!!
O sargento-ajudante Machado, do SGE, apresentou-se no RC4 e no BCAV. 8423 a 12 de Maio de 1974, há 49 anos e poucos dias antes do embarque para Angola.
Luís Ferreira Leite Machado, de seu nome completo, serviu na secretaria do Comando do Batalhão e nasceu a 15 de Maio de 1920, ma cidade de Évora. Tinha 54/55 anos no tempo da nossa jornada africana do Uíge angolano e, após a passagem à aposentação, fixou-se em Évora, onde faleceu aos 80 anos, a 12 de Julho de 2000. Nãotarda, há 23 anos.
Foi militar profissional muito respeitado e acarinhado pela classe de furriéis milicianos, com quam oartilha abar e messe de sargentos, e hoje o recordamos com saudade! RIP!!!
Sem comentários:
Enviar um comentário