Carmona, actual cidade do Uíge: prédio por acabar desde 1975. Repare-se que há andares e o rés do chão que estão improvisadamente ocupados por várias famílias angolanas. Foto de 25 de Setembro de 2019 |
A grande, a mesmo grande notícia do dia 15 de Maio de 1975, há precisamente 48 anos e conhecida na saudosa Carmona do Uíge angolano, foi «a não participação de Portugal na próxima cimeira entre os três movimentos emancipalistas angolanos».
Notícia dada por Melo Antunes, ainda em Luanda.
O Ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal tinha regressado nesse dia a Lisboa, depois de, separadamente e na capital de Angola, ter reunido com os presidentes Agostinho Neto (do MPLA) e Jonas Savimbi (da UNITA) e com Johny Eduardo (representante de Holden Roberto, da FNLA), assim como «com diversos ministros do Governo de Transição de Angola,
quer dos movimentos de libertação quer da parte portuguesa».
Entretanto, continuavam, de acordo com o «Diário de Lisboa», a «registar-se incidentes esporádicos, nomeadamente devido a buscas, mas a situação mantém-se relativamente calma» - no geral, pelo território angolano.
Carmona e o Uíge, cidade e província onde jornadeavam os Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423, não eram excepção e repetiam-se incidentes e pequenas escaramuças entre homens armados de FNLA e MPLA (a UNITA não se fazia notar) e continuava a especialização dos militares dos três movimentos que iriam formar o (que seria, e não foi) o futuro Exército único de Angola. Especialização que era monitorizada por militares portugueses do BCAV. 8423 e a partir do BC12.
Alferes Meneses
faleceu há 10 anos!
O alferes miliciano atirador Meneses, da 2ª. CCAV. 8423, a de Aldeia Viçosa, faleceu a 15 de Maio de 2013, há precisamente 10 anos, de doença e em Leiria.
Manuel Meneses Alves, era este o seu nome completo, rodou de Cabinda e da CCS do BCAÇ. 4519 em Fevereiro de 1975, notabilizando-se em Carmona quando, a 13 de Abril deste mesmo ano, «actuou de forma rápida, decidida e enérgica», pondo fim a «uma manifestação não autorizada superiormente (...), na qual se verificou confronto entre dois movimentos emancipalistas, com uso de armas de fogo, na via pública».
Foi, por isso, louvado pelo comandante Carlos Almeida e Brito, que lhe destacou acção que «não deixou dúvidas quanto à determinação do pequeno grupo de tropas que comandava, com o que conseguiu a detenção de dois elementos em confronto e ainda, de imediato, ter feito abortar a manifestação».
Regressado a Portugal, foi empresário do sector das carnes em Leiria e, sabendo do seu estado de saúde, por duas vezes organizou almoços de despedida da família e amigos.
O Ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal tinha regressado nesse dia a Lisboa, depois de, separadamente e na capital de Angola, ter reunido com os presidentes Agostinho Neto (do MPLA) e Jonas Savimbi (da UNITA) e com Johny Eduardo (representante de Holden Roberto, da FNLA), assim como «com diversos ministros do Governo de Transição de Angola,
quer dos movimentos de libertação quer da parte portuguesa».
Entretanto, continuavam, de acordo com o «Diário de Lisboa», a «registar-se incidentes esporádicos, nomeadamente devido a buscas, mas a situação mantém-se relativamente calma» - no geral, pelo território angolano.
Carmona e o Uíge, cidade e província onde jornadeavam os Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423, não eram excepção e repetiam-se incidentes e pequenas escaramuças entre homens armados de FNLA e MPLA (a UNITA não se fazia notar) e continuava a especialização dos militares dos três movimentos que iriam formar o (que seria, e não foi) o futuro Exército único de Angola. Especialização que era monitorizada por militares portugueses do BCAV. 8423 e a partir do BC12.
Alferes miliciano Ma- nuel Meneses Alves |
Alferes Meneses
faleceu há 10 anos!
O alferes miliciano atirador Meneses, da 2ª. CCAV. 8423, a de Aldeia Viçosa, faleceu a 15 de Maio de 2013, há precisamente 10 anos, de doença e em Leiria.
Manuel Meneses Alves, era este o seu nome completo, rodou de Cabinda e da CCS do BCAÇ. 4519 em Fevereiro de 1975, notabilizando-se em Carmona quando, a 13 de Abril deste mesmo ano, «actuou de forma rápida, decidida e enérgica», pondo fim a «uma manifestação não autorizada superiormente (...), na qual se verificou confronto entre dois movimentos emancipalistas, com uso de armas de fogo, na via pública».
Foi, por isso, louvado pelo comandante Carlos Almeida e Brito, que lhe destacou acção que «não deixou dúvidas quanto à determinação do pequeno grupo de tropas que comandava, com o que conseguiu a detenção de dois elementos em confronto e ainda, de imediato, ter feito abortar a manifestação».
Regressado a Portugal, foi empresário do sector das carnes em Leiria e, sabendo do seu estado de saúde, por duas vezes organizou almoços de despedida da família e amigos.
Hoje o recordamos com saudade. RIP!!!
Rodrigues da 2ª. CCAV., 71
anos em Camarate de Loures!
O soldado Joaquim António de Almeida Rodrigues, da 2ª. CCAV. 8423, a de Aldeia Viçosa, festeja 71 anos a 16 de Maio de 2023.
Cavaleiro do Norte especialista de transmissões, regressou a Portugal no dia 10 de Setembro de 1975, no final da sua comissão de serviço, de 15 meses, por terras do Uíge angolano. Regressou a Camarate, no concelho de Loures, onde morava e onde ainda reside. Para lá, e para ele, vai o nosso abraço de parabéns!
Joaquim António A. Rodrigues |
Rodrigues da 2ª. CCAV., 71
anos em Camarate de Loures!
O soldado Joaquim António de Almeida Rodrigues, da 2ª. CCAV. 8423, a de Aldeia Viçosa, festeja 71 anos a 16 de Maio de 2023.
Cavaleiro do Norte especialista de transmissões, regressou a Portugal no dia 10 de Setembro de 1975, no final da sua comissão de serviço, de 15 meses, por terras do Uíge angolano. Regressou a Camarate, no concelho de Loures, onde morava e onde ainda reside. Para lá, e para ele, vai o nosso abraço de parabéns!
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