Gabriel Mendes e Francisco Madaleno: os organizadores! |
Licínia e furriel José Pires, furriel Francisco Dias e a Amazona do furriel Norberto Morais |
As emoções dos septuagenários que, há 49 anos e na flor da sua juventude, partiram para chãos de sangue e de guerra e lutos d´Angola - de onde não sabiam se e como regressavam... -, não são descritíveis em palavras. Mas há curiosidades, por exemplo, dos descendentes que os acompanham nestas jornadas de saudades e muitas memórias.
Muitas curiosidades, certamente paridas de muitas histórias que ouviram nas lareiras dos pais!
Como ainda agora voltou a acontecer na Covilhã!
Como se namorava, nesse tempo em que os mares e os céus se mediam em milhares de quilómetros, mais de 8000... - de Lisboa à cidade de Carmona, a capital do Uíge?
Não havia telemóveis.
O alferes miiciano António Albano Araújode Sousa Cruz não pôde estar na Covilhã mas, pelo furriel Manuel Machado, mandou mensagem para os «caros amigos e companheiros da CCS do BCAV. 8423».
Assim:
«Não estou fisicamente presente, mas hoje, em espírito, estou com todos, incluindo as vossas famílias. Para o ano, espero reviver os tempos que passámos juntos em Angola e abraçá-los a todos. Recordo, mais uma vez, o dr. Albino Capela, que foi sacerdote da Missão do Quitexe, e o alferes José Leonel Hermida, oficial de transmissões, que há pouco tempo nos deixaram.
Cada um à sua maneira, quer em Angola quer posteriormente, deixa saudades e momentos inesquecíveis, de amizade e companheirismo. Para os dois e para todos os companheiros falecidos, a minha homenagem e até um dia.
Felicito os organizadores, o Mendes e o Madaleno, por mais este encontro. E mais uma vez felicito o companheiro furriel Viegas por, durante o ano, nos manter informados e, assim, manter esta chama que nos ilumina e une sobre tudo o que se passa.
Para toda a CCS, um grande abraço e um muito obrigado!».
- AMANHÃ: O encontro de 2024, o dos 50 anos da partida para Angola!
Atirador de Cavalaria, foi louvado pelo comandante do BCAV. 8423, o tenente-coronel Carlos Almeida e Brito, por proposta do capitão Davide Castro Dias, comandante da 1ª. CCAV. 8433, «pelo sentido de responsabilidade posto no cumprimento das suas obrigações militares».
«Sempre demonstrou o maior espírito de sacrifício e dedicação, com o que se tornou exemplo para os seus camaradas», sublinha o louvor, referindo também que «muito contribuiu para o total cumprimento das missões solicitadas à sua subunidade, o que, além de se classificar como militar exemplo, ainda se creditou com muito bom e apreciado colaborador dos seus superiores».
Natural do lugar de Vinha Nova, freguesia de Beiral, no concelho de Ponte de Lima, lá voltou a 9 de Setembro de 1975. Mais não sabemos dele, mas, para onde quer que esteja, para ele vai o nosso abraço de parabéns! Alguém nos pode dar notícias dele?
Como ainda agora voltou a acontecer na Covilhã!
Como se namorava, nesse tempo em que os mares e os céus se mediam em milhares de quilómetros, mais de 8000... - de Lisboa à cidade de Carmona, a capital do Uíge?
Não havia telemóveis.
Só cartas e aerogramas, os famosos «bate-estradas», que tantas promessas d´amor fizeram voar pelos céus d´África até ao colo de namoradas que, por cá, morriam d´amores e ansidedades, de medos e nervos e promessas de fé.
E o que fazia quem, sem saber ler e escrever, recados queria mandar para as namoradas, as mulheres e família, os amigos e a gente mais íntima?
Pedia-se a quem, de confiança, passasse ao papel as emoções e sentimentos de quem, jornadeando pelos chãos vermelhos da terra angolana do Uíge, por lá acamaradavam dias seguidos, semanas atrás de semanas, 15 meses no caso dos Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423.
Mais «avançados» no tempo, também havia quem gravasse cassetes para renovar declarações de paixão, quando o coração se sentia mais frágil e saudoso. Mais despedaçado!
E o que fazia quem, sem saber ler e escrever, recados queria mandar para as namoradas, as mulheres e família, os amigos e a gente mais íntima?
Pedia-se a quem, de confiança, passasse ao papel as emoções e sentimentos de quem, jornadeando pelos chãos vermelhos da terra angolana do Uíge, por lá acamaradavam dias seguidos, semanas atrás de semanas, 15 meses no caso dos Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423.
Mais «avançados» no tempo, também havia quem gravasse cassetes para renovar declarações de paixão, quando o coração se sentia mais frágil e saudoso. Mais despedaçado!
e António Albino Capela!
O alferes miiciano António Albano Araújode Sousa Cruz não pôde estar na Covilhã mas, pelo furriel Manuel Machado, mandou mensagem para os «caros amigos e companheiros da CCS do BCAV. 8423».
Assim:
«Não estou fisicamente presente, mas hoje, em espírito, estou com todos, incluindo as vossas famílias. Para o ano, espero reviver os tempos que passámos juntos em Angola e abraçá-los a todos. Recordo, mais uma vez, o dr. Albino Capela, que foi sacerdote da Missão do Quitexe, e o alferes José Leonel Hermida, oficial de transmissões, que há pouco tempo nos deixaram.
Cada um à sua maneira, quer em Angola quer posteriormente, deixa saudades e momentos inesquecíveis, de amizade e companheirismo. Para os dois e para todos os companheiros falecidos, a minha homenagem e até um dia.
Felicito os organizadores, o Mendes e o Madaleno, por mais este encontro. E mais uma vez felicito o companheiro furriel Viegas por, durante o ano, nos manter informados e, assim, manter esta chama que nos ilumina e une sobre tudo o que se passa.
Para toda a CCS, um grande abraço e um muito obrigado!».
- AMANHÃ: O encontro de 2024, o dos 50 anos da partida para Angola!
Baptista de Zalala faz 71
anos em Ponte de Lima!
Atirador de Cavalaria, foi louvado pelo comandante do BCAV. 8423, o tenente-coronel Carlos Almeida e Brito, por proposta do capitão Davide Castro Dias, comandante da 1ª. CCAV. 8433, «pelo sentido de responsabilidade posto no cumprimento das suas obrigações militares».
«Sempre demonstrou o maior espírito de sacrifício e dedicação, com o que se tornou exemplo para os seus camaradas», sublinha o louvor, referindo também que «muito contribuiu para o total cumprimento das missões solicitadas à sua subunidade, o que, além de se classificar como militar exemplo, ainda se creditou com muito bom e apreciado colaborador dos seus superiores».
Natural do lugar de Vinha Nova, freguesia de Beiral, no concelho de Ponte de Lima, lá voltou a 9 de Setembro de 1975. Mais não sabemos dele, mas, para onde quer que esteja, para ele vai o nosso abraço de parabéns! Alguém nos pode dar notícias dele?
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