Angolanos da 1ª. Companhia Forças Militares Mistas, há 48 anos em instrução na parada do BC12, na cidade de Carmona (Uíge) |
A sexta-feira do dia 27 de Junho de 1975, já 48 anos, não teve actividades operacionais de especial registo entre a guarnição dos Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423, quer em Carmona quer no Quitexe - onde ainda estava a 3ª. CCAV. 8423, a do capitão miliciano José Paulo Fernandes.
Isto, apesar das escaramuças que se iam repetindo, envolvendo os ex-guerrilheiros e alguns sectores da comunidade civil - aos quais acorriam, solucionando incidetes, os Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423.
As patrulhas, as escoltas e os serviços de rotina (incluindo a prevenção) continuavam, porém e com enorme sacrifício do pessoal operacional, que horas e dias atrás de horas e dias, dias e noites, estava sempre de serviço.
As patrulhas, as escoltas e os serviços de rotina (incluindo a prevenção) continuavam, porém e com enorme sacrifício do pessoal operacional, que horas e dias atrás de horas e dias, dias e noites, estava sempre de serviço.
«Alguns atritos voltaram a dar-se», lê-se no livro «História da Unidade» ( o BCAV. 8423), sublinhando também que «viveram-se momentos de carências logísticas», que na ocasião eram «reflexo do estado lantente de conflito, que continua» e até, vale a pena lambrar, «dava azo ao desabar de esperanças que se possam ver em bom e belo o panorama da amanhã».
Militares Mistas !
A instrução para a formação da 1ª. Companhia das Forças Militares Mistas (FMM) - daquele que seria (e não foi) o futuro Exército Nacional de Angola -, continuava activa e com interessada participação dos elementos da FNLA e da UNITA e monitorizada por alferes e furriéis milicianos Cavaleiros do Norte.
Os militares das Forças Armadas Populares de Libertação de Angola (FAPLA), o exército do MPLA do presidente Agostinho Neto, como se sabe, tinham saído da cidade e região, depois dos sangrentos confrontos dos primeiros 6 dias desse mês de Junho.
«Tudo o que se possa considerar combatente ou simpatizante do MPLA foi expulso», refere o HdU e isto «nos melhores casos, porquanto noutros há a citar algumas dezenade mortos».
Entretanto, e noutro plano, quanto às FMM, «conseguiram-se os primeiros elementos para os Estados Maiores Unificados, quer do Comando Territorial de Carmona quer do BCAV. 8423, esperando encontrar-se em tais elementos uma colaboração que permita lever a bom termo o processo em curso», descreve o HdU.
A especialização dos atiradores decorreu principalmente na carreira de tiro do BC12 e estava a cargo do alferes António Manuel Garcia (foto) e dos furriéis Francisco Neto e Viegas, todos milicianos e especialistas de Operações Especiais (Rangers), membros do PELREC da CCS.
O mês caminhava para o final mas ainda «sob forte tensão emocional, quer pelos alguns atritos que voltaram a dar-se» quer também pelos já (acima) referidos «momentos de carências logísticas» - depois dos trágicos e sangrentos combates da primeira semana de Junho de há 48 anos.
O mês caminhava para o final mas ainda «sob forte tensão emocional, quer pelos alguns atritos que voltaram a dar-se» quer também pelos já (acima) referidos «momentos de carências logísticas» - depois dos trágicos e sangrentos combates da primeira semana de Junho de há 48 anos.
José Novo de Santa Isabel,
festeja 71 anos em Santa
Maria da Feira!
Especialista de transmissões da subunidade do BCAV. 8423 da Fazenda Santa Isabel, a do comando do capitão miliciano José Paulo Fernandes, também jornadeou pela vila do Quitexe e, já na parte final da missão angolana, na cidade de Carmona (a actual Uíge) e no BC12 - de onde os Cavaleiros do Norte saíram na madrugada do domingo de 4 de Agosto de 1975, para a epopeica coluna para Luanda.
Natural do lugar de Vale Rico, da freguesia do Souto, no concelho de Santa Maria da Feira, lá regressou a 11 de Setembro de 1975 e foi a partir de lá que, a 3 de Junho e de forma magnífica, organizou o encontro de 2023.
É para lá, e para ele, que enviamos o nosso abraço de parabéns!
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