Pelotão de Morteiros 4281, comandado pelo alferes Leite (a amarelo), numa acção em terras do Uíge, em 1974 (foto de LF Costa). A roxo, o 1º. cano enfermeiro Esmoriz. Em baixo, elementos do Governo de Transição de Angola: Lopo de Nascimento (de claro), Johnny Eduardo Pinnock (1º. Ministro) e José N´Delé. Também se vê Almeida Santos, à direita, de óculos. Foto do jornal A Província de Angola (1 de Fevereiro de 1975)
Assim era, como se pode observar na pose do grupo do Pelotão de Morteiros 4281 que se vê na imagem: um grupo descontraído, claramente a «bater-se» ao retrato, como quem vai para a praia.
Por esses dias e por isso, em carta enviada a minha mãe e que agora reli, lhe dava conta que «por aqui vai tudo na paz dos anjos, sem problemas».
«Não se preocupe, se por aí ouvir alguma notícia sobre Angola, lembre-se sempre que esses problemas são em Luanda e nós estamos a mais de 200 quilómetros», acrescentava eu, também lhe notando que «o Francisco Neto está aí de férias, até pode falar com a mãe dele».
A minha (filial) lógica pretendia ser infalivelmente expressiva e concludente: se o Neto até estava de férias em Águeda é porque, lá pelos lados do Quitexe, estava tudo nas calmas. E estava! O que não era bem o que acontecia em Luanda e outros pousos angolanos.
A 7 de Novembro de 1974, passam-se hoje 39 anos, Mário Soares, enquanto Ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal, reuniu-se na Tunísia com Johnny Eduardo Pinnock, da FNLA. Era o director dos Assuntos Internacionais do movimento de Holden Roberto e discutiram o processo de descolonização.
O mesmo dia foi tempo de se saber que os incidentes de Cabinda, afinal, tinham provocado 26 mortos e 120 feridos. Sangue derramado em tempos descolonizadores.
- PINNHOCK. Johnny Eduardo Pinnock foi o 1º. Ministro
do Governo de Transiçºao de Angola, em 1975. Ver AQUI
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