Daniel Chipenda e Agostinho Neto (MPLA), com o jornalista argelino Boubakar Adjali Kapiaça (em cima), Holden Roberto (FNLA) e Jonas Savimbi (UNITA)
Agostinho Neto respondia a perguntas do jornal «Liberation» e considerava que «as contradições internas do MPLA» - que, nomeadamente o opunham a Daniel Chipenda (e à sua facção), se tratavam de «um problema surgido do exterior» e que «o movimento está unido».
Mário Soares, por esta altura em Kinshasa, dava conta que, depois do encontro com Holden Roberto (FNLA) e Jonas Savimbi (UNITA) «estamos de acordo quanto à maneira como devemos tratar os problemas de Angola». «O Governo Provisório que será constituído deverá ser formado por diferentes movimentos nacionalistas. Decidimos fazer uma mesa-redonda na segunda semana de Dezembro, mas ainda não está definido o local», disse o ministro português, no entanto sugerindo que fosse em Portugal.
A 26 de Novembro, Holden Roberto e Jonas Savimbi, na capital do Zaire, assinaram um acordo, pondo termo às suas divergências e instaurado «um cooperação e uma assistência mútua para fazer frente a qualquer eventualidade extremista, vinda de qualquer lado». Mal adivinhavam o que estava para vir!
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