CAVALEIROS DO NORTE!! Batalhão de Cavalaria 8423, última guarnição militar portuguesa nas terras uíjanas de Quitexe, Zalala, Aldeia Viçosa, Santa Isabel, Vista Alegre, Ponte do Dange, Songo e Carmona! Em Angola, anos de 1974 e 1975!

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

1 856 - Luta contra a subversão, no Quitexe de há 39 anos!

Capitão, Cardoso, Almeida, cozinheiro (??), Lajes, do bar, e Flora (atrás), Cruz, de óculos (e tapado pela mão), NN (mal se vê), Costa (Morteiros), Reino e Carvalho (ao meio). Bento (de dedo apontado), Lopes (mesmo à frente), Fonseca e Rocha, no bar de sargentos do Quitexe, em finais de 1974. Jorge Valentim, da UNITA. (em baixo).  Mais abaixo, o capitão José Paulo Falcão


A 13 de Novembro de 1974, no Quitexe, reuniu a Comissão Local de Contra-Subversão. Voltaria a reunir no dia 29 e não é difícil imaginar a agenda de trabalhos: a situação política e principalmente a militar. No mesmo dia 13, em Carmona e no BC12, reuniram os comandantes do Comando do Sector do Uíge - sendo os Cavaleiros do Norte representados pelo capitão José Paulo Falcão - que substituía o comandante Carlos Almeida e Brito, de férias em Lisboa.  
Iam calmos os tempos da zona de acção do BCAV. 8423. Continuavam, por exemplo, os trabalhos de arranjo da estrada (picada) para Camabatela e a do café, do Quitexe até Aldeia Viçosa.
E por Luanda?
Na madrugada da véspera, segundo o jornal A Província de Angola, «ainda se ouviram rajadas nos subúrbios», que, esporádicas, acabaram pela manhã dentro. Tinham morrido mais de 50 pessoas e feridas para cima de uma centena. Os camionistas que se tinham manifestado em Viana, voltaram ao trabalho, com a garantia governamental de ser assegurado o patrulhamento da estrada para o Dondo.
Pior iam as coisas por Cabinda, onde soldados negros (supostamente ex-elementos das forças especiais portuguesas) tinham 39 pessoas reféns numa posição fortificada, frente à fronteira com o Congo-Brazaville. Aparentemente ligados à FLEC, apresentaram uma lista de exigências ao governador Lopes Vaz (um coronel), que as passou para Luanda. O posto estava cercado por tropa portuguesa, porém, impossibilitada de actuar, por causa dos reféns.
A UNITA, em Luanda e na voz  de Jorge Valentim (tido como o seu nº. 2), anunciava que diariamente 300 homens se alistavam mas suas forças militares e assegurava, quanto ao futuro da comunidade branca portuguesa, que «deve estar absolutamente calma», pois a UNITA «assegurar-lhes-á segurança».
«É este princípio que a UNITA quer combater», disse Jorge Valentim, que chefiava a delegação do Lobito.

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