O 1º. cabo Emanuel Miranda dos Santos na parada do BC12, com um
grupo de crianças angolanas. É da Gafanha da Boa Hora, em Vagos
e está emigrado nos Estados Unidos
e está emigrado nos Estados Unidos
Os 1ºs. cabos Rodolfo Tomás e António Pais, com o soldado António Silva: três rádio-montadores dos Cavaleiros do Norte |
José Borges Martins. Cavaleiro do Norte de Zalala, com a cadela «Come-se-há» |
Os Cavaleiros do Norte, com quase 2 meses de jornada africana do Uíge Angolano, eram indiferentes a estas movimentações políticas e procuravam (e conseguiam) consolidar as suas posições, a partir dos aquartelamentos do Quitexe (onde estavam a CCS e o Pelotão de Morteiros 4281), Fazenda Zalala (1ª. CCAV. 8423), Aldeia Viçosa (2ª. CCAV. 8423) e Fazenda Santa Isabel (3ª. CCAV.) para além dos Destacamentos de Luísa Maria (um grupo de combate do BCAV. 8423), Fazenda Liberato (CCAÇ. 209/RI 21), Vista Alegre e Ponte do Dange (CCAÇ. 4145) e, desde a véspera, Camabatela e Quiculungo (1ª. CART. do BART. 6322/COTI 2).
Pior, bem pior estava a situação em Luanda, um ano depois: «Esta manhã registaram-se rebentamentos de morteiros e intenso tiroteio junto a Fortaleza de S. Pedro da Barra, situada a 7 quilómetros do centro de Luanda e onde se acantonaram 600 militares da FNLA», noticiava o Diário de Lisboa dessa tarde, admitindo que pudessem ser 1000, os «fnla´s» acantonados.
Os militares portugueses faziam a segurança da PETRANGOL, refinaria muito próxima que, apesar disso, cessou a actividade, o que, admitia o Diário de Lisboa, «pode vir a provocar problemas de abastecimento, nomeadamente para aviões». A ponte aérea para Lisboa, já ia no 45º. voo, nesse mesmo dia.
O fornecimento de farinha (e de pão...) também estava em causa e registavam-se bichas de 500 metros nas padarias. A maior fábrica de farinha de Angola ficava nas imediações da PETRANGOL. Os combates entre a FNLA e o MPLA, em Luanda, registavam-se há já mais de uma semana, com «clara vantagem» para o movimento de Agostinho Neto.
Em Salazar, actual Ndalatando (relativamente próximo de Carmona) e depois de «graves incidentes nos últimos dias», a situação voltava à normalidade, mas registaram-se «novos recontros» em Henrique de Carvalho (Saurimo) e no Luso (Luena), cidades que ficaram controladas pelo MPLA. Pelo Uíge, «reinava» a FNLA - sempre a reivindicar, a exigir e a ameaçar as NT, os Cavaleiros do Norte. Cavaleiros do Norte que, com data de saída prevista para 3 de Agosto (e dias seguintes) expectavam sobre o futuro mais próximo mas convictos e seguros da sua missão de defesa de pessoas e bens da sua zona de acção.
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