CAVALEIROS DO NORTE!! Batalhão de Cavalaria 8423, última guarnição militar portuguesa nas terras uíjanas de Quitexe, Zalala, Aldeia Viçosa, Santa Isabel, Vista Alegre, Ponte do Dange, Songo e Carmona! Em Angola, anos de 1974 e 1975!

terça-feira, 26 de julho de 2016

3 469 - Guerra total da FNLA ao MPLA, calma e serenidade em Carmona!

A cidade de Carmona em foto recente (da net). Parece-nos a avenida
Capitão Pereira, que ia da praça do Comando Militar, CTT, Governo 

Civil e Câmara, para a saída para o aeroporto, o BC12 e o Songo. As 
piscinas, à esquerda, devem ser as do Grande Hotel do Uíge. A coluna 
redonda, em baixo, será a do edifício da Assembleia Provincial. 
Quem ajuda a identificar elementos da imagem?
Cavaleiros do Norte de Zalala. furriel
José António Nascimento, Santos (da
messe) e furriel Jorge Barreto

A 26 de Julho de 1975, há precisamente 41 anos, voltou a Carmona a  coluna que tinha saído para Salazar, assim como os Cavaleiros do Norte que ao tempo estavam em Luanda a preparar viaturas para a rotação final. Voltaram sem quaisquer incidentes. 
As diferenças com a FNLA continuavam mas... resolviam-se, com o banho de força e autoridade das NT. Tudo isso era difícil, melindroso e bem complicado, mas houve da parte dos Cavaleiros do Norte a assumpção plena das suas responsabilidades. 
Cavaleiros do Norte da 2ª. CCAV.  8423, a de
Aldeia Viçosa: os furriéis milicianos Jesuíno Pinto,
José Gomes, António Carlos Letras e Amorim Martins
Cavaleiros do Norte que, na seu garbo militar e generosidade física e mental, ali estavam para o que desse e viesse, dispostos e disponíveis para tudo o que honrasse as responsabilidades da farda e do país que representavam - com a calma dos deuses e a serenidade de quem honra os seus deveres pátrios.
Holden Roberto, presidente da FNLA (ao tempo, supostamente em Carmona...), na véspera e aos microfones da Emissora Oficial de Angola,  proclamara «guerra total». exortando os seus militares a «continuarem o fogo sobre o inimigo, em todas as frentes, porque a nossa luta e definitiva e só terminará com a libertação de Luanda e a restauração de todas as nossas posições».
A FNLA, recordemos, tinha tomado o Caxito e queria reconquistar a capital, onde dominava o MPLA - que de lá tinha expulso o movimento de Holden Roberto. Na mesma altura, e citamos o Diário de Lisboa de 26 de Julho de 1975, Holden Roberto «apontou a guerra total ao MPLA».
Notícia do Diário de Lisboa de 26 de Julho
de 1975, sobre a declaração e «guerra
total» da FNLA ao MPLA, em Angola
Luanda continuava, apesar do cessar fogo dias antes anunciado, a registar «confrontações  armadas entre o MPLA e a FNLA, nos últimos redutos deste movimento» - no Forte de S. Pedro da Barra (onde continuavam acantonados 600 militares de Holden Roberto) e nos Bairros Cazenza e Cuca. A FNLA continuava no Caxito e era desmentida a presença de seus blindados a 17 quilómetros de Luanda - o que seria nas imediações do Cacuaco, onde, segundo o Diário de Lisboa desse dia de há 41 anos, «não se verificaram combates».
O MPLA continuava a controlar Henrique de Carvalho e Salazar - embora aqui não tivesse sido retomada a actividade normal, pois «os combates entre MPLA e FNLA deixaram a cidade destruída». Em Malanje, «deflagrou o conflito armado que já há vários dias se verificava em diversos locais do distrito, referindo as notícias chegadas esta manhã a Luanda que os recontros de Malanje são muito violentos, envolvendo armas ligeiras e pesadas».
Um ano antes, exactamente, o comandante Almeida e Brito visitou a 2ª. CCAV. 8423, em Aldeia Viçosa (onde também reuniu com as autoridades tradicionais), e a Fazenda Minervina.

1 comentário:

  1. José Neves Ex.Furriel Milº Op.Inf.B.Caç1226 de julho de 2016 às 14:36

    Primeiro edíficio do lado direito onde se situava o Banco Pinto e Sotto Mayor,ao fundo do mesmo lado a igreja e a estrada que conduzia ao B.Caç 12.

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