Carmona e a avenida Capitão Pereira, foto repetida de 26 de Julho. Ao fundo, vê-se a Igreja (Catedral) e,
antes, o edifício azulado, era onde havia uma escola e um campo de futebol. Para a direita, a estrada para
o BC12 e o Songoe os edifícios do Liceu (os mais altos). À esquerda e de baixo para cima, na foto, a Assembleia
Provincial (cúpula redonda), Grande Hotel do Uíge (com a piscina) e o Prédio Imbondeiro, o edifício mais alto
O Estado Maior Unificado (EMU) do Uíge, em Carmona, reuniu a 30 de Julho de 1975, sendo tempo e oportunidade para comunicar à FNLA a saída do BCAV. 8423 - que estava programada para 3 e 4 de Agosto. O EMU fora criado no mês de Junho e incluía representantes do Comando Territorial de Carmona e do Batalhão de Cavalaria 8423, para além de oficiais da 1ª. Companhia das Forças Militares Mistas.
Furriel Rodrigues, da 1ª. CCAV. 8423, a de Zalala, nas traseiras da ZMN/CSU, onde a companhia esteve aquartelada de 12 de Junho a 4 de Setembro de 1975 |
Holden Roberto, a partir do Ambriz, fez anunciar que «o assalto contra a capital angolana deverá começar dentro de dias». A FNLA teria 8000 homens estacionados no Caxito, com muito material pesado de guerra - incluindo blindados. A ideia, segundo o Diário de Lisboa, seria utilizar o método chinês, aplicado no Vietname e Coreia: aplicação prévia de morteiros pesados, para «amolecer» a zona atacada e, depois, destruições ao longo da estrada para Luanda. Quifangondo e Cacuaco seriam importantes posições nessa operação - a que naturalmente se oporiam o MPLA e o seu poder popular armado.
Malange era outro palco da guerra MPLA/FNLA e onde, segundo o Diário de Lisboa, «6000 pessoas refugiaram-se mo quartel da Forças Armadas Portuguesas».
A notícia mais relevante do dia era a da apresentação ao MPLA de dois sargentos e 15 soldados da FNLA, em Novo Redondo e «após graves recontros» entre os dois movimentos. E admitiam-se (sem certezas) mais combates no distrito do Cuanza Sul, por exemplo no Lobito.
Holden Roberto, a partir do Ambriz, fez anunciar que «o assalto contra a capital angolana deverá começar dentro de dias».
Notícia do Diário de Lisboa de 30 de Julho de 1975 |
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