Um helicóptero na parada da BC12, com o edifício do comando ao fundo.
Reconhecem-se o furriel Viegas (à esquerda, de costas), o alferes
Garcia (com um rádio na mão) e o furriel Machado (de mãos nas ancas).
Alguém identifica os restantes?
A fachada principal do BC12, em Carmona (imagem de cima). Vista aérea do quartel (em baixo) |
As razões foram fundamentadas e ficaram semeadas expectativas quando ao futuro próximo: tal não voltaria a acontecer. E não aconteceu. Por exemplo, a 23 de Julho o comandante Almeida e Brito - e restantes comandos militares de Carmona - reuniram com os os responsáveis da FNLA e o comandante dos Cavaleiros do Norte terá sido tudo menos... simpático. Não era homem de vergar, ou de sustentar medos.
Era quarta-feira e a melhor notícia chegava de Luanda, onde, noticiava o Diário de Lisboa, por despacho do seu correspondente, «desde as zero horas de hoje está em vigor um cessar fogo entre guerrilheiros do MPLA e os militares da FNLA». O acordo fora acertado na véspera, numa reunião da Comissão Nacional de Defesa, presidido pelo novo Alto Comissário - o general Silva Cardoso.
Nem tudo eram boas notícias: havia também a da explosão de uma bomba na redacção do Jornal de Angola (o até aí A Província de Angola). Com portas e janelas destruídas e elevados prejuízos, mas com apenas dois feridos: um polícia e um tipógrafo. A rotativa ficou «completamente destruída». O jornal era «afecto» à FNLA, pelo que não seria difícil «desconfia» de quem terá partido a explosão da bomba.
O Diário de Lisboa de 23 de Julho de 1975 noticiava o cessar-fogo em Angola |
O Diário de Lisboa desse dia 23 de Julho de 1975 noticiava que «as Forças Armadas Portuguesas estão prontas a intervir para impedir o possível avanço das tropas da FNLA sobre Luanda, dominada pelo MPLA desde os violentos combates do princípio do mês» e um porta-voz militar português, citado pelo mesmo vespertino de Lisboa, dava conta que «se a FNLA marchar sobre Luanda, ol combates poderão alastrar para as zonas centrais da capital, em vez de se confinarem aos seus subúrbios, com até agora».
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