Comandante Bundula (FNLA), capitães José Manuel Cruz (2ª. CCAV.; a de Aldeia
Viçosa) e José Paulo Fernandes (3ª. CCAV., a de Santa Isabel) e alferes João Machado
(2ª. CCAV.). Em baixo, o jornal «Liberdade e Terra», órgão oficial, diário, da FNLA
A 1 de Abril de 1975, o Exército Português «impediu uma coluna do ELNA de prosseguir, perto de Ambriz, o seu avanço em direcção a Luanda». O jornal «Liberdade e Terra», diário da FNLA, «critica veladamente o Exército português», recordando que «foram as Forças Armadas o suporte de 48 anos de fascismo e de 14 anos de guerras nas colónias portuguesas».
Os jornalistas portugueses, idos de Luanda, também não escaparam às críticas da FNLA: «Insidiosa campanha da imprensa portuguesa contra a FNLA», titulava o jornal do movimento de Holden Roberto, a toda a largura da primeira página. Na última, outro título: «Imperialismo manobra imprensa portuguesa contra a FNLA».
A Luanda a que iríamos chegar (eu e o Cruz) amanheceu com «crianças e jovens brancos a irem tranquilamente para as escolas e liceu», como relatava José António Salvador, enviado especial do Diário de Lisboa, dando conta, também, que «o tiroteio de ontem, na Avenida do Brasil, não passou de um pequeno incidente». Luanda, acrescentou, «é uma cidade onde se respira uma certa serenidade».
Os Cavaleiros do Norte, no Uíge angolano e já com a CCS e a 2ª. CCAV. 8423 aquartelados no BC12 e messes da cidade, aguardavam «a continuação da remodelação do dispositivo». O que só viria a acontecer no dia 24 de Abril. A 1ª. CCAV. 8423, a de Zalala e do capitão Castro Dias, continuava em Vista Alegre e Ponte do Dange. A 3ª. CCAV. 8423, a de Santa Isabel e do capitão José Paulo Fernandes, jornadeava no Quitexe.
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