CAVALEIROS DO NORTE do PELREC, no Quitexe, em 1974. Francisco (de braços
cruzados) e Madaleno, à esquerda. De frente e de bigode, o Silvestre e depois o Aurélio
Barbeiro (com a mão no queixo), Florêncio (de bigode), Messejana, 1ºs. cabos
Soares (de bigode) e Vicente (de bigode). Atrás destes e de cerveja na mão, o Ferreira. À esquerda
deles, lá atrás, o 1º. cabo Almeida. À frente dele, o Leal (de boina no ombro).
Aqui à frente,mo alferes Garcia e o Gomes (a rir). Atrás deste, o 1º. cabo Cordeiro (de bigode
e boina no ombro). Depois e de bigode, o 1º. cabo Ezequiel. A seguir a ele e a espreitar,
será o Dionísio? E a seguir, que é o que está a olhar para a direita?» E quem são os do trio
da direita, lá atrás? Alguém pode ajudar? Em baixo, capa da 3ª. edição do Diário Popular de 25/4/1974
O 25 de Abril de 1974 suspendeu as actividades de instrução dos (então futuros) Cavaleiros do Norte, que estavam aquartelados no Destacamento do RC4, no Campo Militar de Santa Margarida. Os futuros furriéis milicianos da CCS (estes, pelo menos) estavam num dos vários pavilhões habitacionais do RC4 e foram, impedidos de sair do quartel, «até novas ordens». O RC4, recordemos, aquartelava uma unidade de carros de combate e tinha aderido ao 25A.
A 26 de Abril, hoje se fazem 41 anos, «não estando o BCAV. contactado para a efectivação do movimento, nem tão pouco algum ou alguns dos seus oficiais, de imediato, após o triunfo do MFA, logo todo o Batalhão se sentou como parte integrante do referido Movimento». E de tal forma, sublinha o Livro de Unidade, que «nessa mesma data e e pelo Exmº. Comandante, do BCAV., foi explicado a todo o pessoal o que o MFA pretendia, em palestras orientadas especificamente para oficiais, sargentos e praças».
Ao meio dia, depois de almoço, fomos todos dispensados e viemos - eu, o Matos (da 2ª. CCAV., de Anadia) e o Alberto Oliveira (aguedense de outro batalhão) em viagem para Águeda, no SIMCA 1100 branco do Neto, que conduzia. Em Coimbra, decorria uma manifestação de milhares de pessoas, entre a estão e a ponte, apoiando o 25 de Abril e, ao passarmos, imaginem, até o carro nos levantaram ao ar.
Chegados a Águeda, cada um seguiu para suas casas e lembro-me subir a então EN1, dentro da cidade, fardado e com o velho saco TAP aos ombros, e ser aplaudido pelas centenas de pessoas por quem passei, até à estação do comboio. Já na minha aldeia e ficando a saber onde estava minha mãe, fui ter com ela a uma terra junto à pateira - que hoje é minha.
«Então , já não vão para fora?», perguntou-me ela, referindo-se, naturalmente, à ida para Angola.
«Vamos, vamos na mesma...», disse-lhe. E desiludi-a.
Assim foi: parti a 29 de Maio de 1974 (era para ter sido a 27) e regressei a 8 de Setembro de 1975. Eu e toda a CCS dos Cavaleiros do Norte.
- PELREC. Cavaleiros do Norte do PELREC, na foto, já faleceram o alferes
miliciano Garcia (a 2 de Novembro de 1979,m vítima de acidente), os 1º.s cabos
Almeida, em Penamacor (a 28/02/2009) e Vicente, em Vila Moreira, de
Alcanede (a 21/01/1997), ambos vítimas de doença); e os soldados Manuel
Leal, de doença e no Pombal (a 18/06/2007) e Messejana, também de doença,
em Lisboa (a 27/11/2009).
- Ver capas de jornais do dia 25/04/1974, AQUI
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