A baía de Luanda, com a fortaleza em primeiro plano. Em baixo, a
piscina de Carmona, no tempo dos Cavaleiros do Norte (1975)
A OUA e a ONU deliberaram, a 7 de Abril de 1975, enviar uma missão conjunta a Luanda, para «investigar os mais recentes recontros entre os movimentos nacionais rivais». O secretário geral William Eteki Nboumoua (OUA) anunciou esse objectivo em Dar-es-Salam - onde participou na reunião de ministros dos Negócios Estrangeiros desta organização africana.
A missão conjunta, ainda segundo William Eteki Nboumoua, deslocar-se-ia para Angola «dentro de duas semanas, para investigar os distúrbios que ameaçam a transferência pacífica para a independência, em Novembro próximo».
Nada disso era surpreendente, mesmo para os lados do Uíge, onde os Cavaleiros do Norte, gradualmente, faziam «reconhecimento da zona de acção que fora distribuída» e, pelo senso e experiência do comandante Almeida e Brito, como que antecipavam os próximos problemas.
Os incidentes de Luanda, que se repetiam!!!!, já se multiplicavam para os ossos lados, em Salazar, e não era espantoso que chegassem a Carmona - onde a FNLA, em perda de influência na capital, pretenderia, seguramente, exibi-la no chão uíjano. Onde estavam os Cavaleiros do Norte.
Bem avisado andava o comandante Almeida e Brito, quando alertava para essa expectabilidade. E quando «procurando encontrar soluções para todos os problemas», reunia semanalmente com responsáveis dos movimentos, numa acção que foi «primórdio do Estado Maior unificado».
Eu e o Cruz, em Luanda, preparávamos a partida aérea para Nova Lisboa, em férias.
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