Viegas e Cruz (ex-furriéis milicianos) e comandante Almeida e Brito em Penafiel, no
Encontro de 1997 - a 27 de Setembro. Em baixo, capa de uma das edições de A Capital,
jornal diário que se publicava em Lisboa, edições do dia 25 de Abril de 1974
jornal diário que se publicava em Lisboa, edições do dia 25 de Abril de 1974
Os Cavaleiros do Norte, a 25 de Abril de 1974, estavam onde? Fácil!!! Em Santa Margarida, numa 5ª.-feira, no Destacamento do RC4 e em preparação operacional para a jornada africana de Angola. Por mim. lembro-me bem, acordei cedo - como era (e é) meu hábito -, fui para os balneários fazer a higiene pessoal, de rádio ligado, como era costume - um pequeniníssimo transistor a pilhas, então muito ma moda. Desfazia a barba e achei estranho que a rádio só estivesse a transmitir marchas populares. Até que, pouco depois da sete da manhã, foi (re)lido o comunicado do Movimento das Forças Armadas. Fiquei informado!!!
Fiquei informado e logo fui, alvoraçado e a correr, acordar a malta, que ainda dormitava: «Há uma revolução em Lisboa!...».
Um ano depois, eu e o Cruz estávamos em Luanda, a queimar os últimos dias de férias!!! Em Carmona, e socorro-me do Livro da Unidade, «verificou-se a ida às urnas de todo o pessoal que o quis fazer». E, também a 25 de Abril de 1975, «em cerimónia simples mas singela, no CTC, realizou-se o içar da Bandeira Nacional com as melhores honras militares e a presença de todos os oficiais do CTC e do BCAV.».
O dia e a nossa comissão foram recordados a 27 de Setembro de 1997, em Penafiel (foto), no encontro da CCS que lá se realizou, quando Comandante Almeida e Brito lembrou o período da nossa formação operacional em Santa Margarida e a experiência da jornada africana do Uíge angolano.
«Sabe bem verificar que o tempo que estivemos no ultramar não foi perdido. E não foi perdido principalmente porque hoje. mais de 20 aos depois, aqui estamos todos juntos, o que, para mim, é fabuloso (...). Todos vocês é que fizeram com que terminássemos, todos vocês é que fizeram com que voltássemos», disse o então tenente-coronel Almeida e Brito, comandante dos Cavaleiros do Norte. Foram as últimas palavras que nos dirigiu.
O que se (não) passou nestes 41 anos, no Portugal que somos, não vem ao caso neste blogue. O que mais importa realçar é que, também os Cavaleiros do Norte foram parte do projecto que fez Portugal diferente e para melhor!
- ALMEIDA E BRITO. Carlos José Saraiva de Lima
Almeida e Brito, tenente-coronel de Cavalaria e comandante
do Batalhão de Cavalaria 8423. Atingiu a patente de general
e faleceu de doença súbita, a 20 de Junho de 2003, no decorrer
de um passeio, em Espanha.
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