CAVALEIROS DO NORTE!! Batalhão de Cavalaria 8423, última guarnição militar portuguesa nas terras uíjanas de Quitexe, Zalala, Aldeia Viçosa, Santa Isabel, Vista Alegre, Ponte do Dange, Songo e Carmona! Em Angola, anos de 1974 e 1975!

sábado, 11 de abril de 2015

3 086 - Dias de Carmona e do Uíge, de Luanda e de Nova Lisboa!

CARMONA, actual Uíge. Saída da cidade para o Negage, a partir da rotunda do final da 
Rua do Comércio, que também dava para o Quitexe (foto By Bembe, de 17 de Julho de 2010). 
Em baixo, notícia da suspensão do jornal A Província de Angola e furriel Viegas 
junto da estátua de Norton de Matos, em Nova Lisboa, Abril de 1975, há 40 anos!



Os dias de Carmona e do Uíge prosseguiam, a meados de Abril de 1975, com «a procura de obter, para o Uíge, a tal calma aparente e o entendimento entre todos os movimentos». Para isso, segundo o Livro da Unidade, «tem sido procurado encontrar soluções para todos os problemas, através de reuniões semanais, primórdio de Estado Maior Unificado».
A actividade dos Cavaleiros do Norte prosseguia em outras frentes do chão uíjano. Por exemplo, nas visitas do comandante Almeida e Brito às várias subunidades. A 11 de Abril de 1975, hoje se fazem precisamente 40 anos... - visitou a CCAÇ. 4741/74, adida ao batalhão e estacionada no Negage. Operacionalmente, dependia do BCAV. 8423 desde o dia 17 de Março anterior.
Em Carmona, a capital (actual cidade do Uíge), continuavam os patrulhamentos dos Cavaleiros do Norte e o serviço de Polícia Militar (PM), que alguns amargos de boca nos trouxe - nomeadamente com a comunidade civil.
Por Luanda, iam complicadas algumas coisas. O jornal A Província de Angola, diário, foi novamente suspenso e multado em 100 contos - desta vez por «ter publicado na segunda-feira um artigo em que acusava o MPLA de ter morto soldados da FNLA com metralhadoras recebidas da União Soviética».
O dia de véspera, segundo a Reuters, tinha sido calmo, mas estimava-se que as confrontações entre os dois movimentos. na capital, tivessem provocado «mais de 200 mortes».  
Eu (foto em cima) e o Cruz, vadiávamos pelo Huambo - na capital Nova Lisboa, na Caala, Bela Vista e Vila Nova... - conhecendo as suas paisagens e gentes. Foram dias memoráveis, ambos mimados pela cortesia familiar do Hotel Bimbe, que era de Cecília Neves e do marido Rafael Polido - ela filha de Arménio, meu padrinho de baptismo e que anos anos falecera, vítima de um acidente de viação, quando morava na Gabela!!!

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