Daniel Chipenda, à esquerda, líder da Revolta do Leste, aderiu, com o seu
movimento, à FNLA, a 18 de Abril de 1975. Em baixo, entrada de Vista Alegre (em 1975) e
notícia sobre a reunião dos Estados Maiores das FAPLA, do
ELNA e da FALA
A 18 de Abril, continuando eu e o Cruz pelo centro litoral da Angola (de férias), «voltaram a reunir-se os Estados Maiores» das FAPLA (exército do MPLA), do ELNA (da FNLA) e das FALA (da UNITA). Analisaram de forma «exaustiva da situação política e militar do país», assim como «a apreciação da aplicação prática das decisões tomadas anteriormente, no que respeita à organização das forças de prevenção e das forças integradas».
Os dirigentes dos três movimentos reconheceram, igualmente, que «os inimigos da independência do povo angolano, não tendo compreendido o momento histórico, persistem em manobrar na sombra, preparando-se mesmo para desencadear conflitos em Luanda, entre 15 e 30 de Abril».
O dia assinalou também a extinção da Facção Chipenda (a Revolta do Leste), «dissolvida e integrada na FNLA». O acordo foi assinado nessa manhã, em Kinshasa, a capital do Zaire, e Daniel Chipenda passava a secretário geral adjunto e a membro do Conselho Nacional da Revolução e do Gabinete Político do movimento presidido por Holden Roberto.
Os principais dirigentes da Facção Chipenda ocuparam diferentes postos de responsabilidade na FNLA e os seus combatentes integrados no ELNA. Mal imaginávamos que, semanas depois, iríamos fazer segurança a um comício de Chipenda, no campo de futebol de Carmona.
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