Cruz e Viegas, Cavaleiros do Norte num miradouro entre Caála (Roberto Wiliams
e Nova Lisboa, em Abril de 1975. Em baixo, o capitão José Paulo Fernandes,
comandante da 3ª. CCAV. 8423, com o 1º. sargento Marchã
A 15/16 de Abril de 1975, andando eu e o Cruz a vadiar, em saborosas férias por Nova Lisboa, mimosos com a recepção do casal Cecília/Rafael, os Cavaleiros do Norte, em Carmona, eram reforçados com mais um grupo de combate. Este, da 3ª. CCAV. 8423. A 3ª. CCAV., comandada pelo capitão miliciano José Paulo Fernandes, estava ao tempo aquartelada no Quitexe - onde se juntou à CCS, a 10 de Dezembro de 1974. A razão do reforço era qual? Pois, como se lê no Livro da Unidade e tal qual como acontecera na véspera, com o grupo de combate da CCAÇ. 5015, «cumprir uma intensa actividade de patrulhamentos mistos» e ainda porque «pretendendo-se, ao mesmo tempo, realizar patrulhamentos de longo curso, chamemos-lhe assim, não se podia deixar a cidade de Carmona inactiva».
O Portugal europeu «teve um dia histórico»: o da nacionalização dos sectores básicos da indústria e energia (electricidade, refinação e distribuição de petróleo), Siderurgia Nacional, transportes e comunicações. Além das 14 empresas destas áreas, o Governo de Vasco Gonçalves também nacionalizou a Sacor, a Petrosul e a Sonap, a Cidla e a parte portuguesa da Soponata (largamente maioritária), a CP, a Companhia Nacional de Navegação, a Companhia de Transportes Marítimos e a TAP.
«Vocês, jornalistas, devem ter a noção do momento histórico de Portugal, a que acabamos de assistir», disse Vasco Gonçalves, anunciando que «outras nacionalizações se seguirão».
Eram revolucionários, os tempos de há 40 anos!!!
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