Estádio dos Coqueiros e baixa e baía de Luanda, em 1975.Cartaz das eleições
para a Assembleia Constituinte, a 25 de Abril do mesmo ano (em baixo)
O Cruz e eu andámos lá por Luanda, nos primeiros dias de Abril de 1975, indiferentes às diferenças entre os três movimentos de libertação. Mas a situação provoca «dores de cabeça» o mundo. «A segurança de Angola preocupa muito o secretário geral da ONU», disse o embaixador Asdulasim Farah, enviado de Kurt Wakldheim, falando em Lisboa.
Melo Antunes, ministro português dos Negócios Estrangeiros, também neste dia chegou a Lisboa, vindo de Luanda, e deu conta que «ainda se está longe de achar um equilíbrio estável, mas que ele virá a verificar-se em breve, mercê do diálogo permanente que se está a verificar com os dirigentes dos diversos movimentos de libertação».
Por Carmona e a 4 de Abril de 1975, registou-se o regresso do tenente coronel Almeida e Brito «ao comando do BCAV. 8423» - não sei se regressado de férias ou de alguma missão. Houve tempo em que, interinamente, comandou a ZMN.
Em Portugal, decorria a primeira campanha eleitoral pós-25 de Abril, com centenas de comícios por todo o país. Concorriam o PS (liderado por Mário Soares), o PPS, actual PSD (Sá Carneiro), Partido Comunista (Álvaro Cunhal), CDS (Freitas do Amaral), MDP/CDE (José Manuel Tengarrinha), PPM (Gonçalo Ribeiro Telles), Frente Socialista Popular (Manuel Serra), Movimento de Esquerda Socialista (Afonso de Barros). UDP (João Pulido Valente), FEC (m/l), Partido de Unidade Popular (PUP), Liga Comunista Internacionalista, Associação para a Defesa dos Interesses de Macau (ADIM) e Centro Democrático de Macau.
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