Santa Margarida, a estrada e o campo militar. O Destacamento do
RC4 onde «estagiaram» os Cavaleiros do Norte está assinalado a verde.
Em baixo, quatro Cavaleiros do Norte: Carlos Letras, José Louro e Vitor
Costa (de pé) e João Brejo (sentado)
Aos 18 dias do mês de Abril de 1975, o Governo de Transição de Angola tomou a insólita decisão de obrigar todas as emissoras de radiodifusão a «transmitir o serviço noticioso da Emissora Oficial». Para o efeito, sublinhava, «deverão entrar em cadeia com aquela estação oficial».
O decreto do Ministro da Informação acrescentava que «na restante programação, as emissoras mantêm completa autonomia».
Um ano antes, a 19 de Abril de 1974, já os Cavaleiros do Norte estavam mobilizados (e de Licença de Normas) e chegavam de Angola noticias: as autoridades locais desarticularam uma rede de falsificadores e apreenderam 2 milhões de dólares falsos.
As investigações foram da Polícia Judiciária e Direcção Geral de Segurança (de Nova Lisboa), dando conta o jornal A Província de Angola, citando a Rádio Clube do Lobito, que estavam «detidos alguns dos culpados» e que as notas teriam sido fabricados pelo sistema ofsett, numa tipografia de Nova Lisboa - havendo já «algumas pessoas burladas com as notas falsas».
O mesmo dia, foi tempo de partida, para Angola, do general Tello Polleri, Secretário de Estado da Aeronáutica. O objectivo era visitar as unidades da Força Aérea naquele Estado (então) Português.
O dia era sexta-feira e faziam-se vésperas para a apresentação dos Cavaleiros do Norte, no Destacamento do RC4, em Santa Margarida, depois de uma ampliada Licença de Normas. Começara a 18 e prevista para até 28 de Março, acabou por «ser aumentada, de tal modo que só a 22 de Abril se voltou a reencontrar-e todo o pessoal do Batalhão». E então, recordemos, para «dar efectivação à instrução operacional».
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