Grupo de combate da 1ª. CCAV. 8423, a de Zalala, comandado pelo alferes
miliciano Carlos João Sampaio - o primeiro, do lado esquerdo. Quem ajuda
a identificar os que por tal estão, nesta imagem?
Dia 6 de Março de 1974, uma quarta-feira: os futuros Cavaleiros do Norte sabem que a Comissão dos Direitos Humanos da ONU recomendou que o Conselho Económico e Social «condene vigorosamente a África do Sul, Portugal e a Rodésia, pela sua flagrante e persistente desobediência às moços da ONU sobre a auto-determinação e direitos humanos na África Austral».
A resolução fora aprovada com 19 votos favoráveis, um contra (o dos Estados Unidos) e três abstenções (da Inglaterra, França e Itália). Nove dos 32 membros do Comissão dos Direitos Humanos não assistiram à sessão.
Isso preocupou-nos alguma coisa? Nada. A política era «coisa» bem distante dos horizontes mais próximos e, para nós (pelo menos para mim), mais relevante era a notícia da tomada de posse dos novos Governadores Civis - entre os quais o de Aveiro, o dr. Horácio Marçal, que eu bem conhecia, a sua presidência da Câmara Municipal de Águeda. O insuspeito Diário de Lisboa dedicou quase 4 páginas ao assunto.
Preocupantes eram outras razões. Por exemplo, o comunicado do Serviço de Informação Pública das Forças Armadas, com notícias bem menos simpáticas: mortes de militares portugueses na guerra colonial. A guerra para que, em Santa Margarida, nos preparávamos, em exercícios finais. Na Guiné, dois mortos em combate e dois em acidentes de viação (todos da incorporação local). Em Moçambique, um, também do recrutamento local mas natural de Macedo de Cavaleiros. Em Angola. quatro em acidentes de viação: dois do recrutamento local e um de Campanhã, no Porto (o 1º. cabo Manuel da Silva Ribeiro Mendes).
Conselho de Ministros decretou lei de excepção para mobilizar as empresas angolanas, publicas e privadas |
Sem comentários:
Enviar um comentário