Cavaleiros do Norte. Reconhecem-se o condutor Celestino, furriel Morais,
Teixeira (estofador), alferes Cruz e 1º. sargento Aires (à frente). O Malheiro, entre
Celestino e Morais. À direita, Ferreira (com boina no ombro) e Almeida (falecido
a 28/02/2009). Quem identifica os outros?
A entrada de Carmona, actual cidade do Uíge, na Estrada do Café, para Luanda e passando pelo Quitexe, Aldeia Viçosa, Vista Alegre e Ponte do Dange |
Segunda-feira, 10 de Março de 1975! Carmona é uma cidade tranquila, onde a CCS e um grupo de combate da 2ª. CCAV. 8423 (a de Aldeia Viçosa) se adaptam rapidamente aos novos ritmos. O BC12 é um magnífico quartel e sargentos e oficiais estão instalados em excelentes messes. A saudade é a dor maior da guarnição, que vai no décimo mês da jornada que a levou ao Uíge angolano.
O conhecido prédio redondo, na rotunda da entrada de Carmona, de quem ia do Quitexe e do Negage |
Um dos oradores, Manuel Bento, aproveitou para, e cito o Diário de Lisboa, «exprimir, em nome do povo, discordância com algumas medidas tomadas ultimamente pelo Governo de Transição, nomeadamente a mobilização do pessoal dos portos de Luanda e Lobito, a nova lei de regulamentação das greves, etc...».
O Ministério da Informação (de Rui Monteiro), a propósito, emitiu um comunicado e reconheceu que «serão tomados em conta os pedidos apresentados pelos manifestantes». Manifestantes que eram, referia o DL de 10 de Março de 1975, «membros das comissões populares de bairro desta capital, patrocinadas pelo MPLA».
Notícia do Diário de Lisboa de 10 de Março de 1975, sobre a manifestação do MPLA em Luanda |
Vamos embora? Não vamos? Se e quando?
A cidade abria-se aos nossos apetites e íamo-la descobrindo, dia a dia, episódio a episódio, no seu esplendor e força empreendedora! Na sua oferta social, nos prazeres que nos davam os seus colos! Bons tempos, apesar de tudo, os primeiros tempos de Carmona!
Sem comentários:
Enviar um comentário