Grupo de Cavaleiros do Norte em pose fotográfica. Atrás, o Vicente (?, o segundo), Miguel Teixeira (o terceiro),
Grácio (5º.), Mesejana (7º.), alferes Ribeiro (de braços cruzados, o 8º.) e furriel José Pires (encostado, o 9º.). À
frente do Grácio, o Florindo. Em baixo, o Cabrita (?, 3º.), o Carpinteiro (meio sentado, apoiado nos braços), furriel
Mosteias. E os outros? Quem os conhece e os identifica?
Carmona, 8 de Março de 1975. Os Cavaleiros do Norte da CCS e da 2ª. CCAV . 8423 adaptam-se o melhor que podem à sua vida nova. Vida urbana, continuando a militar. A enormíssima maioria de nós nunca tinha estado em cidades, muito menos lá vivido, e todo o movimento diário da urbe uíjense é uma permanente e boa surpresa - assim como a altura e modernidade dos prédios, o bulício e os hábitos urbanos, os restaurantes e cinemas, a vida nocturna. Ao tempo, já vamos com quase uma semana de BC12 e de Carmona e muitos Cavaleiros do Norte ainda nem sequer tinham ousado sair do quartel.
Os mais atrevidos (e vividos, os mais endinheirados!) corriam a noite carmoniana, depois da dispensa de toque de ordem (das 5 horas da tarde) e enchiam as enormes esplanadas de restaurantes e bares da cidade: o Escape, o Gomes e o Eugénio, o Chave d´Ouro, o Pinguim, o do aeroporto e outros (cujo nome já se varreu da memória). E não se dispensavam das noites quentes do Diamante Negro ou do Kikoko, para fartar os cios dos seus desejos.
O Diamante Negro, bar/boite nocturno, perto do campo de futebol, ainda existe em Carmona, actual cidade do Uíge |
Assim ia o processo de descolonização de Angola, há 41 anos!!!
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