Grupo de civis da coluna que, hoje se passam 41 anos, saiu de Carmona
para Luanda. Militares, reconhecem-se NN, 1º. cabo Mendes (2ª. CCAV.),
1º. cabo Deus (3ª. CCAV) e soldado Santos e furriel miliciano António
Artur Guedes (2ª. CCAV.). Alguém conhece o NN? E os civis?
Carmona, capital do Uíge angolano, dia 4 de Agosto de 1975, uma segunda-feira: «Prevista a partida para as 4 horas, pode dizer-se que a partir das 2 horas tudo de pôs a postos para que o horário fosse cumprido e foi. Efectivamente, a esta hora toda a máquina se moveu, mas a incompreensão dos civis gerou o primeiro problema com a FNLA que, bloqueando-os na cidade, não os quis deixar sair».
Furriéis miicianos de Santa Isabel, da 3ª. CCAV. 8423: Belo, Rabiço, Querido, Guedes (falecido a 16 de Abril de 1998, de doença) e António Fernandes |
Finalmente em marcha, a coluna «passou o controlo da FNLA do Candombe, com 210 viaturas e em cerca de meia hora de escoamento». Cerca da 7,30 horas, logo depois da saída de Carmona, «um acidente, devido ao cerrado nevoeiro, fez com que fossem abandonadas na estrada duas viaturas médias e fosse rebocada, e abandonada no Negage, uma viatura pesada». Esta cidade, onde a Companhia de Paraquedistas aguardava a coluna saída de Carmona, «estava pejada de viaturas», que se queriam integrar na coluna e que a FNLA «em peso, proíbe a saída, excepção feita as viaturas privadas da coluna militar».
Manuel José Montez Barreiros, soldado atirador da 3ª. CCAV. 8423. Faria hoje 64 anos mas faleceu a 20 de Agosto de 1974, ainda em Angola e de doença. Era de Aldeia de Além, em Alcanede. RIP!!! |
Não foi assim. Não podia ser. «Procurou-se uma última solução e efectivamente, após uma reunião às 16 horas, com Daniel Chipenda, obteve-se a permissão para o trânsito da quase totalidade dos civis».
«Foi o renascer da esperança para essa gente, foi o acreditar na missão das NT. Efectivamente, não fora tal determinação e todos ficariam; assim, só uma pequena parte de camionistas não conseguiu resolver o seu problema», relata o Livro da Unidade.
A partida do general Solva Cardoso, o Alto-Comissário, para Lisboa casou preocupações em Luanda - onde já estavam a CCS e a 1ª. CCAV. 8423 dos Cavaleiros do Norte. O jornal «O Comércio» ouviu dirigentes da FNLA e da UNITA, do Governo de Transição - e não do MPLA, por estar ausente de Angola.
José N´Dele, da UNITA, classificou de «imparcial, correcta e justa» a acção de Silva Cardoso, que considerou «a melhor e mais dignificante escolha de Portugal» para aquele cargo. Que se o abandonar, como acabaria por abandonar, isso seria «muito prejudicial à causa de Angola e ao futuro das relações de Portugal e Angola».
N´Goma Kabangu, da FNLA, por sua vez, considerou Silva Cardoso «um homem exemplar e vertical». Afirmou que a FNLA «confia na actuação do Alto-Comissário e não vê razão para que este se retire antes de 11 de Novembro». O dia marcada para a declaração de independência.
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