Cavaleiros do Norte, ainda no Quitexe: Neto, Viegas e Monteiro.
A 31 de Agosto de 1975, foram de Viana para as praias da Ilha de Luanda
Cavaleiros do Norte da 2ª. CCAV. 8423, todos furriéis milicianos e ainda em Aldeia Viçosa: António Rebelo, Amorim Martins. Abel Mourato e Mário Matos |
O mês de Agosto de 1975 chegou ao fim e nada de novo «transpirava» no aquartelamento do BIA, no Grafanil, para matar a ansiedade dos Cavaleiros do Norte: saber a data da partida para Lisboa. E continuava embaralhada a situação, lá por Angola.
O dia 31 de há precisamente 41 anos foi domingo e folga larga para a rapaziada laurear o queijo pela imensa Luanda, logo pela manhã.
Cavaleiros do Norte de Zalala numa esplanada da ilha de Luanda, em Agosto de 1975: os furriéis milicianos Plácido Jorge Queirós e José António Nascimento |
Os movimentos não se entendiam, todos se acusavam a todos e a UNITA, em Lisboa (na véspera, dia 30 e numa conferência de imprensa), afirmava-se «movimento de libertação tranquilo, em relação ao apoio desfrutado junto do povo e a capacidade de mobilização, politização e organização dos camponeses, operários e intelectuais revolucionários conscientes».
O movimento de Jonas Savimbi fez-se representar por José N´dele (1º. ministro do Governo de Transição que o Alto Comissário intrino suspendera dias antes), Wilson Santos (do bureau político e comité central) e Paulo Tjipilica (delegado em Luanda) e desmentiu o acordo de cessar fogo com o MPLA e a realização de acções integradas com a FNLA.
Notícia do Diário de Lisboa de 30 de Agosto de 1975 sobre a situação de Angola e a posição da UNITA |
«A solução viável para o conflito que grassa em Angola», segundo a UNITA, passaria pelo «diálogo com representantes dos reais interesses do povo angolano com as autoridades portuguesas». E, ainda segundo a UNITA, «parece chegado o momento para as soluções políticas».
Ao mesmo tempo, o MPLA, segundo declarações de um seu dirigente ao Diário de Lisboa, acusava a UNITA de «ter presentemente cerca de 1000 prisioneiros do movimento de Neto, alguns dos quais personalidades muito importantes para o actual processo». Quem eram? Não dizia.
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