O furriel miliciano Viegas (à direita) com familiares dos Neves Polido, em Abril de 1975 e em Nova Lisboa: Idalina, Fátima, Octávio Valter e Rafael |
Transporte e carga de caixotes de retornados no porto de Luanda, no verão de 1975 |
O BCAV. 8423 continuava como unidade de reserva da RMA, já por uma vez tínhamos sido chamados a intervir num problema no bairro do Saneamento (perto do Governo Geral de Angola), mas o essencial para nós, ao 14º. mês da jornada africana de Angola, era, na verdade, saber a data do nosso regresso. Quando seria?
Notícia do Diário de Lisboa de 19 de Agosto de 1975, sobre o transporte de desalojados (e carga) de Luanda para Lisboa |
O IARN adiantava, também, estar «planeado para o mesmo período um programa de transporte, por via marítima, de 170 000 metros cúbicos de carga pertencente aos referidos desalojados».
A esse tempo de há 41 anos, a grande «indústria» que se desenvolvia em Luanda (e porventura por toda a Angola) era a da construção de caixotes, nos quais, com mais ou menos cubicagem, os colonos procuravam enviar para Lisboa os seus bens - de que acima falamos. Muitos terão conseguido, outros nem tanto.
Por mim e também por esse tempo, procurava saber de familiares, conterrâneos e amigos espalhados por Angola: os Resendes, a Cândida, o José Martinho, o João Lopes e o Mário Coelho e a Benedita, a Fernanda (em Luanda), Clemente, Anacleto e Mário Neves (na Gabela), Cecília e Rafael Polido, Manuel, Abílio e José Viegas, os Mirandas, o Orlando Rino (em Nova Lisboa), Higino Reis (em Sanza Pombo), a Maria Rosa e o Manuel (Sá da Bandeira) e outros que a memória agora não lembra. Eram mais de uma centena de conterrâneos espalhados pelo imenso território de Angola!
Felizmente, por uma ou outra vias, todos regressaram a Portugal e à nossa aldeia. Muitas vezes, nas ocasionais conversas do dia-a-dia, nos lembramos destes dias de há 41 anos.
Sem comentários:
Enviar um comentário