Os furriéis milicianos Cruz (que hoje festeja 65 anos) e Viegas, sentados no separador ajardinado da avenida do Quitexe, em 1974. Atrás, vêem-se a cobertura das aulas regimentais e o bar dos praças |
Os ex-furriéis milicianos Viegas (Operações Especiais, os Rangers) e Cruz (rádio-montador) há precisamente 2 anos, em Lisboa,. Ambos da CCS dos Cavaleiros do Norte |
A notícia foi avançada
Cavaleiros do Norte ainda em Santa Margarida, em 1974: António Carlos Letras, Jorge Barata e Victor Costa (atrás) e João António Brejo |
Foi por esse tempo que os procurei, através de um programa especial da Emissora Oficial de Angola - justamente para tentar localizar gente «desaparecida». Sem essa sorte! E as notícias que de lá chegavam não eram nada agradáveis. Na verdade, falando em Luanda, o comandante Monstro Imortal, do MPLA, afirmou que depois da saída deste movimento de Nova Lisboa (expulso pela «coligação» FNLA/UNITA), «tem-se verificado em toda a cidade uma verdadeira caça a todo o militante e simpatizante do MPLA». E que Joaquim Kapangu, que lá era delegado do movimento, disse que «foi retirado brutalmente pelas forças da UNITA, de dentro do avião da Força Aérea Portuguesa que se encontrava prestes a deslocar-se para Luanda».
Notícia do Diário de Lisboa sobre Angola, a 18 de Agosto de 1975 |
A FNLA, que tinha tentado de novo entrar em Luanda através do Caxito e Barra do Dande, «retomou a posição anterior, delimitada pelo rio Dande». Mas, referia o DL, «num outro golpe de força que poderá envolver efectivos na ordem dos 10 000 homens, o ELNA logrou retomar a povoação de Lucala, no eixo rodoviário Luanda-Henrique de Carvalho, entre Salazar e Malanje». Por onde dias antes tinha passado a coluna dos Cavaleiros do Norte e onde «travaram-se violentos combates, que ainda não terminaram porque a FNLA mostra intenções de avançar em direcção a Salazar».
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